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Lovin’Wine, startup de vinhos em lata, capta R$ 2,4 milhões via CapTable

398 investidores participaram da rodada via crowdfunding; com cardápio de vinhos em lata, a Lovin reportou crescimento de 149% no faturamento no primeiro ano de operação

Lovin’Wine, startup de vinhos em lata, capta R$ 2,4 milhões via CapTable
Foto: Lovin'Wine/Divulgação
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A Lovin’ Wine, startup brasileira de vinhos em lata, concluiu a captação de R$ 2,4 milhões com 398 investidores por meio da plataforma de crowdfunding CapTable. Com essa rodada de follow-on da Lovin, o hub de investimentos disse ter ultrapassado a marca de R$ 70 milhões captados para mais de 46 startups em seu portfólio. A rodada da Lovin foi concluída em um dia, com apenas 9 horas de divulgação. 

Fundada em 2020 em Porto Alegre por André Piccoli, Eduardo Glitz, João Paulo Sattamini, Daniel Skowronsky, Régis Montagna, Rudimar Pascoal e Fernando Kwitko, em 2021 a Lovin reportou um crescimento de 149% no faturamento e a venda de mais de 140 mil latas de vinho – quando estreou, a startup esgotou o estoque de 15 mil latas no primeiro mês de operação. A base de usuários no e-commerce saltou de dois mil clientes para seis mil no primeiro ano de operação. A meta para 2022 é ultrapassar os 10 mil clientes. 

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Lançada no primeiro ano de pandemia, a Lovin surfou a onda crescente de venda de vinhos. Dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) mostram que o consumo da bebida saltou quase 20% em 2020. A produção do produto no Brasil também cresceu, registrando alta de quase 35%, enquanto os importados cresceram 10%.

Aproveitando o bom momento do mercado nacional e a boa receptividade inicial do público à proposta da Lovin, a startup fez os primeiros movimentos de expansão, oferecendo suas latinhas em marketplaces como Amazon, Magalu e Mercado Livre. Depois, testou colocar os produtos em lojas físicas, começando por estabelecimentos premium como St. Marché, Sam’s Club, Natural da Terra, Hortifruti e Mambo.

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Agora, o capital recém-injetado será usado para escalar essa estratégia, colocando as latinhas da Lovin em todas as principais redes de supermercados do país. O segundo passo é ampliar o portfólio, com o lançamento de produtos em edições especiais e limitadas. Do valor total levantado, 50% do recurso será destinado para o capital de giro da empresa, e os outros 50% serão voltados para os lançamentos e ações de marketing.

A Lovin acredita que o mercado nacional de vinhos ainda tem muito espaço para crescer, principalmente quando comparado com o volume consumido por países como França e Portugal. “Atualmente o Brasileiro consome cerca de 2,75 litros por ano, enquanto portugueses e franceses consomem cerca de 50 litros/ano. Isso só nos mostra que o mercado de vinho tem muito potencial de crescimento e expansão do mercado”, disse Sattamini.