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Magazine Luiza: lucro no terceiro trimestre cai quase 90%; e-commerce acelera

A companhia reportou uma forte queda no lucro, reflexo da desaceleração das vendas pós boom registrado na pandemia; e-commerce avança 22%

Magalu Ecommerce
Foto: Shutterstock
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O Magazine Luiza apresentou nessa quinta-feira (11) os resultados do terceiro trimestre e reportou uma forte queda no lucro, reflexo da desaceleração das vendas após o boom registrado nos primeiros meses da pandemia de COVID-19. Entre julho e setembro, o lucro da varejista foi de R$ 22,6 milhões, uma queda de quase 90% ante os R$ 215,9 milhões alcançados no mesmo período do ano passado. 

“A companhia manteve-se na rota do crescimento sustentável, apesar de o período ter sido marcado pela deterioração das condições macroeconômicas e de uma base de comparação muito elevada, considerando o desempenho recorde registrado entre julho e setembro de 2020”, disse a companhia em nota. 

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No relatório, o Magalu destacou o desempenho do seu braço de e-commerce. As vendas online do Magalu atingiram R$ 10 bilhões, um crescimento de 22% ano a ano. Para efeito de comparação, o mercado brasileiro teve alta de 17,9% de acordo com dados da Neotrust. 

A empresa associa o bom resultado do e-commerce ao desempenho do super app da companhia, que acumula 37,9 milhões de usuários ativos por mês. Já o marketplace conta com 120 mil vendedores, que juntos venderam R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 67% na comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, o marketplace já representa 35% das vendas online da companhia. 

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As vendas totais – incluindo aí as lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace – cresceram 12% ano a ano e atingiram R$ 13,8 bilhões. O resultado foi impactado pela queda nas vendas das lojas físicas, que tiveram redução de 8%. “A performance das lojas físicas foi impactada pela piora dos indicadores macroeconômicos como o aumento da inflação e da taxa de juros”, afirmou o Magazine Luiza no relatório.

As despesas operacionais da varejista subiram a 20,6% da receita líquida; gastos elevados com marketing no e-commerce também pressionaram esse resultado. 

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O resultado operacional do grupo medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 37,5% no comparativo anual, a 351 milhões de reais. A empresa encerrou o terceiro trimestre com um saldo de caixa ajustado de R$ 9,1 bilhões.