- Empresa registrou um lucro líquido de R$ 386,6 milhões entre abril e junho de 2019, um aumento de 174,7% em relação ao ano anterior;
- Foi o décimo trimestre de crescimento consecutivo da varejista, que virou a queridinha dos investidores brasileiros.
“É déca!” Foi assim que o Magazine Luiza – um dos maiores varejistas brasileiros de eletrônicos e eletrodomésticos – anunciou seus resultados do segundo trimestre em suas redes sociais esta semana. A empresa teve seu décimo trimestre consecutivo de 50% de crescimento de 50% ou mais.
A empresa registrou um lucro líquido de R$ 386,6 milhões entre abril e junho de 2019, um aumento de 174,7% em relação ao ano anterior – se itens como crédito fiscal, provisões e a aquisição da varejista online de calçados Netshoes não forem levados em consideração, o lucro líquido da empresa ficou em torno de R$ 108 milhões, uma queda de 23,9% em relação ao ano passado. É que durante o mesmo período do ano passado a empresa teve um boom de vendas na televisão impulsionado pela Copa do Mundo da FIFA, criando um desafio e tanto para este ano.
“Estamos focando nosso marketplace para entrega de um crescimento chinês em comércio eletrônico”, disse o CEO da empresa, Frederico Trajano, em uma teleconferência sobre os resultados trimestrais, segundo a Reuters. Mas esses resultados financeiros surpreendentes não são a única razão pela qual a Magalu tornou-se a queridinha de investidores e empreendedores do país.
A empresa é considerada a melhor aposta na Bolsa de Valores brasileira hoje, de acordo com um ranking do Infomoney e do Ibmec. No levantamento, o Magalu se mostrou a melhor entre as empresas listadas no Brasil em três critérios avaliados: rentabilidade, desempenho de ações e governança corporativa.
Para analistas e especialistas, o que torna o Magazine Luiza excepcional não é apenas o fato de a empresa ter crescido em meio à crise nos últimos anos – o pior que o país já enfrentou –, mas de ter apostado fortemente na transformação digital mantendo um ritmo de crescimento surpreendente, algo raro entre os varejistas da América Latina.
Olhando de perto, a atenção da empresa com seus talento tem sido fundamental para seu sucesso. Uma das últimas ações do Magalu, liderada por Luiza Trajano e que reflete essa atitude de compromisso humano com seus colaboradores, foi o lançamento de uma cartilha sobre como as empresas podem enfrentar o problema da violência contra as mulheres e criar mecanismos para efetivamente ajudar as funcionárias nessa situação. O material pode até ser usado por outras empresas.
Na teleconferência com analistas, Trajano disse que o Magalu está focado no crescimento de seu marketplace, assim como no avanço da sua na base de clientes via aplicativo – o caminho do superapp perseguido hoje por quase todas as grandes varejistas no mundo – e na melhoria da qualidade dos serviços de logística da empresa.
O CEO do Magalu também disse que agora que o segundo trimestre está concluído e que a empresa alcançou resultados surpreendentes, ele acredita que 2019 será um marco para a empresa.