Negócios

Maquininhas de cartão podem ter retração de 50% no lucro até 2021

Projeção do banco UBS prevê retomada do consumo no último trimestre deste ano

A pandemia e as consequentes medidas de distanciamento social afetam não apenas as redes de varejo, mas também as operadoras de maquininhas de cartões, também conhecidas como credenciadoras. Um relatório do banco suíço UBS sobre esse mercado no Brasil prevê que o lucro de Cielo, Stone e PagSeguro caia 36% em 2020 e 26% em 2021, de acordo com reportagem da Exame. Caso se confirme, a projeção signficaria queda de 52% no lucro em dois anos.

 “A projeção parte do pressuposto de que o isolamento durará até o fim de abril, com a volta do consumo no quarto trimestre”, escrevem Mariana Taddeo e Kaio Prato, analistas do UBS.

-3,2%

É a previsão do UBS para o volume de pagamentos em 2020. Antes da crise do coronavírus, o banco esperava um crescimento de 20,4%.

Segundo o banco, apesar da retração, a competição entre as empresas deve diminuir no período de crise, uma vez que os comerciantes têm menos probabilidade de trocar de adquirente.

Com muitas maquininhas deixadas de lado, uma opção que vem crescendo para as empresas é o de pagamento por link, em que a transação com cartão é totalmente digital. A Cielo registra aumento de 620% na modalidade, que era pequena e não compensa a queda nas vendas físicas.