O Mercado Bitcoin, plataforma brasileira de bitcoins e criptomoedas, anunciou um aporte de US$ 200 milhões do SoftBank Latin American Fund. A rodada Série B é o maior investimento já realizado pelo grupo japonês em uma empresa cripto até aqui e eleva a valuation do Grupo 2TM, holding dona do Mercado Bitcoin, a US$ 2,1 bilhões, transformando a empresa no primeiro unicórnio cripto da América Latina.
O novo capital será investido em infraestrutura para atender a demanda crescente por cripto ativos na região. Só entre janeiro e maio desse ano, a plataforma transacionou mais de R$ 25 bilhões, superando os R$ 20 bilhões movimentados desde que foi fundada, em 2013. Além disso, o Mercado Bitcoin bateu a marca de 2,8 milhões de clientes, o que representa 70% do número de investidores individuais na bolsa de valores no Brasil, sendo que 700 mil novos clientes ingressaram na plataforma em 2021.
Roberto Dagnoni, CEO do 2TM, afirma que o Brasil segue a tendência mundial de interesse nos ativos digitais e criptomoedas. “Milhões de pessoas em todo o mundo perceberam que ativos digitais e criptomoedas são tecnologias inovadoras e eficientes reservas de valor. Há cada vez mais demanda do mercado financeiro por soluções baseadas no uso do Blockchain. O Brasil não é uma exceção.”
Com a rodada, o Mercado Bitcoin e o Grupo 2TM também pretendem ampliar o portfólio de produtos para além da intermediação de compra e venda de criptomoedas – em 2019, o grupo lançou um braço de tokenização (fracionamento digital de ativos usando blockchain) de precatórios e recebíveis – e acelerar o crescimento de outras empresas do grupo, como a carteira digital Meubank e a Bitrust, custodiaste qualificada de ativos digitais. As duas aguardam aprovação do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O aporte inédito levantado pelo Mercado Bitcoin acontece apenas cinco meses depois da Rodada Série A e acompanha o recente aquecimento do mercado de criptomedas. Nessa semana, o Bitcoin voltou a subir e bateu os US$ 35 mil. A alta veio após grandes investimentos institucionais, como do banco americano Morgan Stanley, que comprou 28,289 cotas do Grayscale Bitcoin Trust, investimento oferecido pelo maior fundo de criptomoedas do mundo.
Para Marcelo Claire, CEO do SoftBank Group International, as criptomoedas têm um enorme potencial na América Latina e o grupo aposta na liderança conquistada pelo Mercado Bitcoin. “Ficamos impressionados pela compreensão que o Grupo 2TM tem do ecossistema brasileiro e sobre o ambiente regulatório no Brasil. Esses elementos colocaram a empresa não só como líder no país, mas como um player fundamental para atender essa revolução do Blockchain em toda a América Latina”.