Negócios

Mercado Livre vale mais de US$ 34 bilhões

Com isso, empresa se aproxima do eBay, segundo maior marketplace dos EUA, atrás apenas da Amazon

presidente de operações do Mercado Livre, Stelleo Tolda
Presidente de operações do Mercado Livre, Stelleo Tolda
  • O Mercado Livre registrou lucro liquido de US$ 16,2 milhões no segundo trimestre deste ano;
  • Os resultados surpreenderam os analistas e as ações da empresa tiveram alta de 12,1% na bolsa americana Nasdaq na quinta-feira (8);
  • Com isso, a empresa fechou o dia cotada a US$ 34,2 bilhões, valor próximo ao do eBay.

O Mercado Livre registrou lucro liquido de US$ 16,2 milhões no segundo trimestre deste ano. É o segundo resultado positivo da empresa, após o acúmulo de perdas ao longo do ano passado. No Brasil, segundo o jornal Valor Econômico, as vendas subiram 89% na moeda local.

Os resultados surpreenderam os analistas e as ações da empresa tiveram alta de 12,1% na bolsa americana Nasdaq na quarta-feira (8), cotadas, cada uma, a US$ 688,1. Com isso, o Mercado Livre, que já tinha ultrapassado o Twitter em valor de mercado em junho, fechou o dia avaliado em US$ 34,2 bilhões, se aproximando do eBay, que terminou a quinta-feira (8) valendo R$ 34,59 bilhões.

O eBay, é o segundo maior marketplace dos Estados Unidos, atrás apenas da Amazon.

Nesta sexta (9), os papeis estavam cotados a mais de US$ 690 cada, já próximo do fechamento.

Segundo portal especializado E-commerce News, a receita líquida da empresa cresceu 62,6% no segundo trimestre de 2019 em comparação ao mesmo período do ano passado, para US$ 545,2 milhões. A operação no Brasil representou 55% da receita líquida, tendo chegado a US$ 302 milhões, 64% a mais do em igual período de 2018.

Também segundo o portal, o volume total de pagamentos com Mercado Pago alcançou, pela primeira vez na história, US$6,5 bilhões, um aumento ano a ano de 47%. O total de transações (181,6 milhões) cresceu 112,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ao Valor Econômico, o presidente de operações do Mercado Livre, Stelleo Tolda, disse que embora a empresa tenha subsidiado taxas para crescer, não há intenções de se entrar na “guerra das maquininhas”. “Preferimos concorrer em produtos e serviços. Não queremos capturar muito rápido o cliente e depois perder, baseado só nesse vício de ter desconto e benefício de curto prazo.” 

Ele lembrou que a empresa tem um terço do mercado de e-commerce brasileiro, mas que isso representa apenas 5% do varejo no país. Ou seja, há um potencial enorme a ser explorado.