A MRV acaba de começar um projeto-piloto de vendas de imóveis totalmente digitais na cidade de Belo Horizonte, sua sede. A primeira venda foi realizada no último dia 23 de janeiro e o plano é ampliar a operação digital para todo o país em até 120 dias.
A maior construtora da América Latina está buscando formas de crescer para além do Minha Casa Minha Vida, o programa habitacional do governo brasileiro, que ajudou a alçar a empresa ao tamanho que tem agora. Na era das startups, a gigante da construção não quer ficar para trás.
A ideia é que o processo inteiro possa ser feito dentro da nova plataforma, da escolha do imóvel até aprovação do financiamento pelo banco parceiro, a Caixa Econômica Federal, e à assinatura do contrato. A MRV quer quer esse processo inteiro leve um dia – o que seria uma verdadeira revolução num país em que esse processo feito tradicionalmente leva, com muita sorte, 45 dias.
“Para este projeto quase 100 pessoas de diferentes áreas foram envolvidas. A ferramenta combina diversas tecnologias, como chatbots, inteligência artificial, visão computacional e RPA (Robotic Process Automation), tudo em uma jornada com design moderno proporcionando aos nossos clientes uma experiência simples, fácil, empática e transparente. O mercado está em constante transformação. Novas tecnologias vêm sendo empregadas e o mindset dos consumidores está mudando cada vez mais rápido na forma como se relacionam com as empresas e comercializam produtos e serviços. Entendemos essa tendência e estamos sendo pioneiros no mercado imobiliário”, explicou o copresidente da construtora, Rafael Menin, no material enviado à imprensa.
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A empresa diz estar se firmando, nos últimos anos como uma construtech. De 2014 a 2018, os investimentos da MRV em transformação digital (tanto aqueles com foco no consumidor, como a nova plataforma, como em novos processos construtivos) somaram R$ 250 milhões.
Segundo o jornal Valor Econômico, em 2019, esse tipo de investimento consumiu R$ 80 milhões e para 2020, estão previstos R$ 110 milhões.