A healthtech de receitas digitais Nexodata começa nessa segunda-feira (28) uma nova fase, com uma nova marca. Agregando também a compra de medicamentos ao serviço de digitalização de prescrições médicas, a empresa que tem entre seus investidores alguns dos queridinhos do mercado financeiro brasileiro, como o fundo do Mercado Livre e o fundador da XP, Guilherme Bechimol, agora se chama Mevo.
A novidade é fruto ainda da última rodada levantada pela startup. Em junho do ano passado, a então Nexodata anunciou uma rodada de captação Série A de R$ 35 milhões, com participação do MELI Fund — fundo de investimentos do Mercado Livre — , Hospital Israelita Albert Einstein, Floating Point, FIR Capital e do “family office” de Benchimol. No total, a startup já levantou R$ 40 milhões de investidores. LTS Investments, de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, a Arpex Capital, de André Street, e Eduardo Mufarej injetaram capital seed na startup.
“O serviço já está em funcionamento e não é um app que o usuário precisa fazer download. Nossa experiência é provida por meio de uma interface web, como um site, que é acessada pelo navegador do celular ou do computador, assim que o paciente acessa o link enviado após o atendimento em saúde. Por meio desta interface, o paciente tem acesso a sua receita digital da Mevo e, caso queira, tem a opção de comprar, de forma online, os medicamentos prescritos, a partir das principais redes de farmácias”, explicou o CEO da Mevo, Pedro Dias, ao LABS. Ele fundou a startup em 2017 ao lado de Lucas Lacerda e do médico Antonio Carlos Endrigo – antes disso, Dias e Lacerda tinham criado outra startup, Vitta, de planos de saúde corporativos, vendida para a Stone em 2020.
Como funciona a compra de medicamentos via receita digital da Mevo
Depois de uma consulta médica, presencial ou remota, o paciente recebe um link no celular ou e-mail com o qual ele pode acessar a receita digital da Mevo, com a opção de fazer o download da receita em pdf também, se achar necessário.
Pelo mesmo link, o paciente também pode acessar outro ambiente digital da Mevo no qual consegue verificar farmácias próximas a ele, bem como ter a opção de compra online, por meio das farmácias que operam digitalmente.
A responsabilidade pela entrega do medicamento é de cada farmácia parceira, e o prazo varia de acordo com cada farmácia. Caso o cliente opte por comprar os medicamentos presencialmente, toda e qualquer farmácia brasileira é capaz de fornecer os medicamentos prescritos via receitas da Mevo, disse Dias. A engenharia financeira por trás da nova funcionalidade é viabilizada por uma fintech parceira, mas Dias disse que não poderia revelar qual por motivos estratégicos.
O próximo passo da Mevo será agregar uma ferramenta de comparação de preços de medicamentos nessa jornada. “Nós entendemos que o preço do remédio é sempre uma variável muito importante na hora de o paciente tomar decisões. Por isso, esta ferramenta está no nosso roadmap, uma vez que queremos dar ao paciente a inteligência e a transparência para que ele possa escolher a opção com o melhor custo-benefício.”
A Mevo já emitiu quase 6 milhões de receitas digitais, solicitações de exames e encaminhamentos médicos para mais de 300 instituições de saúde. Entre os clientes da startup, estão alguns dos maiores grupos de saúde do país, como Grupo NotreDame Intermédica e Rede D’Or.