A Nomad, fintech que permite aos brasileiros abrir conta em banco nos Estados Unidos de forma totalmente digital, acaba de anunciar a captação de uma rodada Série A de R$ 100 milhões. O aporte foi liderado pelos fundos de venture capital monashees e Spark Capital; também investiram os fundos Propel, GFC, Abstract, Vast, ONEVC e Globo Ventures. Com apenas nove meses de operação, a fintech já captou mais de R$ 140 milhões.
A Nomad se apresenta como a fintech para os brasileiros que querem ter uma vida em dólar. Na prática, a empresa possibilita a criação de uma conta bancária norte-americana garantida em até US$ 250 mil pelo FDIC. Além disso, pelo app, o usuário consegue fazer compras internacionais, transferências, pagamentos de contas, envio de remessas, investimentos em mercados globais, entre outras transações.
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De acordo com a fintech, um de seus diferenciais é a economia de aproximadamente 10% em transações comuns em comparação com o uso de cartões de crédito internacionais nos EUA: enquanto com um cartão de crédito de um banco brasileiro o spread cambial fica entre 4% e 7% e o IOF em 6,38%, com o cartão da Nomad, afirma a empresa, o spread sobre o dólar comercial é de, no máximo, 2% e o IOF para a remessa de dólar é de apenas 1,1%.
Atualmente, são mais de 50 mil contas abertas, sendo que boa parte delas são utilizadas para compras online. A Nomad aposta que a reabertura dos mercados e a retomada das viagens internacionais vão impulsionar o crescimento da fintech, que espera chegar ao fim do ano com 120 mil contas.
O CEO da Nomad, Lucas Vargas, afirma que faltava no Brasil uma solução completa e simples “para uma vida em dólar”. “Com a Nomad não é mais necessário se preocupar em levar dinheiro no bolso durante a viagem, quebrar a cabeça para compreender as taxas e impostos de cada operação ou encontrar uma forma inteligente e segura de investir em mercados globais”, argumenta.
Além das soluções de banking, a fintech oferece também uma espécie de curadoria em investimentos internacionais, sugerindo combinações de ativos para cada perfil de risco e carteiras temáticas, como criptomoedas ou ESG, por exemplo, e em breve deve lançar uma plataforma de trading.
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Novata no mercado, a Nomad é obra de nomes experientes no mercado de inovação e tecnologia: Vargas esteve à frente do Grupo ZAP por oito anos, Patrick Sigrist é um dos criadores do iFood e Eduardo Haber construiu sua carreira no setor financeiro.
Os fundadores contam que a Série A será investida no desenvolvimento de novos produtos para a plataforma e na ampliação da equipe, hoje de 75 colaboradores, para 150 profissionais, especialmente das áreas de tecnologia e negócios.