- Semente Preta, o fundo de investimento dedicado a startups fundadas ou lideradas por pessoas negras, irá destinar até R$ 1 milhão, no total, para as startups selecionadas;
- As inscrições vão até setembro;
- O programa busca startups de setores como serviços financeiros, dados, pessoas, marketing digital, jogos, softwares, aplicativos e programação.
O Nubank anunciou nesta quarta-feira, 24, o lançamento de um fundo de investimento de R$ 1 milhão destinado a startups fundadas ou lideradas por pessoas negras. Chamado Semente Preta, o programa busca empresas de base tecnológica em estágio inicial de captação e que já tenham produto validado no mercado – conhecido como MVP – produto mínimo viável.
“Queremos contribuir para acelerar a consolidação de um ambiente de tecnologia mais diverso e que reflita a pluralidade que existe hoje no Brasil. Isso é peça fundamental para inovação e, consequentemente, para o desenvolvimento de soluções que resolvam, de fato, as principais dores dos brasileiros”, afirma o CEO e fundador do Nubank, David Vélez.
Sabemos que empreendedores negros e negras enfrentam muito mais barreiras para captar investimentos e recebem menos apoio para construir seu negócio. Nós queremos ser parte da mudança dessa realidade.
David Vélez, CEO e fundador do Nubank
Com inscrições abertas até setembro, o programa busca startups de setores como serviços financeiros, dados, pessoas, marketing digital, jogos, softwares, aplicativos e programação, entre outros.
Além do aporte, que ao todo pode atingir R$ 1 milhão, as startups selecionadas também vão receber mentorias com times do Nubank nas áreas de pessoas, engenharia e finanças e participar de encontros com convidados externos, como investidores da rede de contatos da fintech.
Segundo o Nubank, as startups inscritas serão avaliadas de acordo com o nível de aplicação de tecnologia e inovação em seu produto, criatividade, estratégia e performance financeira, além de inteligência de dados e negócios. Fatores como o histórico do empreendedor, posicionamento da empresa no ecossistema brasileiro de startups, pluralidade geográfica e diversidade dos times também serão considerados.
“Para ter um ambiente de tecnologia mais diverso, precisamos questionar os padrões de distribuição de aportes. Ao criar um fundo focado em startups fundadas por pessoas negras, estamos dando um importante passo nessa direção,” diz Monique Evelle, consultora de inovação do Nubank. “Mais do que oferecer um investimento semente, vamos ajudar a criar condições para potencializar esses negócios e transformar as estatísticas.”
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Segundo dados da BlackRocks, aceleradora de startups dedicada a promover empreendedores e executivos negros, 32% das startups fundadas por pessoas negras receberam algum tipo de aporte durante a jornada de fundação e consolidação do negócio. Nas empresas de tecnologia fundadas por pessoas não-negras, o percentual é de 41%.
O recorte do estudo considera empresas do Sul e do Sudeste do Brasil – regiões que concentram aproximadamente 80% das startups do país – e que registraram faturamento anual acima de R$ 50 mil em 2019.
“Queremos apoiar empresas que também sejam comprometidas com acelerar a inclusão de grupos sub-representados e estimular o desenvolvimento regional”, Evelle complementa.