Na semana passada, mostramos os números reunidos pelo Sling Hub sobre o ecossistema do Brasil e enviados em primeira mão ao LABS. De acordo com a plataforma de inteligência brasileira, a maior economia da América Latina garantiu 760 rodadas e US$ 10 bilhões em investimentos (um crescimento de 194% em relação a 2020) no ano passado. Esta semana, estatísticas preliminares da LAVCA (a Associação para Investimentos de Capital Privado na América Latina) e dados do Crunchbase mostram que a América Latina nunca atraiu tanto investimento (venture capital e private equity) para suas empresas de base tecnológica como em 2021.
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A América Latina ultrapassou a marca de US$ 15,3 bilhões em investimentos de capital de risco no ano passado, segundo dados preliminares da LAVCA – mais de três vezes o recorde de 2019, quando US$ 4,8 bilhões foram investidos em startups latino-americanas (o relatório completo da organização sobre o segundo semestre de 2021 estará disponível em algum momento deste trimestre).
Além disso, a participação de fundos globais em investimentos locais no ecossistema de inovação da América Latina vem aumentando desde 2019. Naquele ano, 21% das transações incluíram pelo menos um investidor global. Essa proporção saltou para 23% em 2020 e 31% no primeiro semestre de 2021, de acordo com a LAVCA. “Agora, estamos interessados em ver como a dinâmica de colaboração entre investidores globais e locais se desenvolve durante 2022”, disse recentemente a associação.
A Crunchbase, por sua vez, descobriu que, embora fundos regionais pioneiros, como Kaszek e monashees, continuem sendo os mais “prolíficos negociantes” da região, grandes investidores globais, como Valor Capital Group e Tiger Global Management, estão ganhando posições e bombando os gráficos relativos à região. “Isso é evidenciado em nosso ranking dos 14 principais investidores em estágio inicial [early-stage] e final [late-stage] mais ativos, segundo número de acordos”, escreveu Joanna Glasner, do Crunchbase News, na segunda-feira.
Os dados coletados pela plataforma abrangem negócios de venture capital e private equity. Enquanto a Kaszek dominou as rodadas iniciais e finais (com 42 negócios), seguida por monashees (37), a Y Combinator (65) foi a investidora mais ativa entre rodadas semente da América Latina, seguida pela Bossa Nova Investimentos.