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Nuvemshop: PMEs superam em 30% o faturamento com e-commerce na Black Friday

Segundo a Nuvemshop, a Black Friday 2021 registrou o maior número de vendas às 10 horas

Foto: Nuvemshop/Divulgação
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  • O PIX foi a opção de pagamento de 8% das vendas online de PMEs;
  • As vendas por boleto foram de apenas 5% e o cartão de débito foi responsável por apenas 0,5% das transações das PMEs.

As PMEs (pequenas e médias empresas) do Brasil faturaram R$ 74,7 milhões nesta Black Friday, valor 30% maior que o registrado no mesmo período ano passado (R$ 57,7 milhões). Esses resultados são baseados no banco de dados da Nuvemshop, que atende mais de 90 mil lojas online na região, em sua maioria de pequenos e médios empreendedores.

No total, de quinta a domingo, as PMEs venderam mais de 1,25 milhão de produtos, quantidade 20% superior ao volume do mesmo período no ano passado. Ademais, ao contrário da edição de 2020, que teve o pico de vendas à meia-noite, a Black Friday 2021 registrou o maior número de vendas às 10 horas. Os estados brasileiros que registraram maiores faturamentos na Black Friday 2021 foram: São Paulo (R$40,6 milhões), Minas Gerais (R$7,8 milhões), Rio de Janeiro (R$4,9 milhões), Santa Catarina (R$3,2 milhões) e Paraná (R$3,04 milhões). 

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Apesar do crescimento significativo das vendas virtuais dos pequenos e médios empreendedores neste ano, a comparação entre os dados totais da Black Friday do ano passado e os números desta edição traz resultados que corroboram um novo cenário do comércio digital brasileiro. A Nuvemshop constatou que o ticket médio foi de R$ 212 para R$ 236, um aumento de 12%. Essa variação é superior à inflação, que está em alta.

“Os resultados da Black Friday deste ano indicam que, a despeito do cenário econômico atual, os pequenos e médios empreendedores conseguiram crescer acima do mercado. Para essas empresas, sabemos que a data tem uma grande importância para o faturamento do final de ano e a manutenção do desempenho das lojas virtuais no período. Por isso, observamos que a Black Friday 2021 começou mais cedo, com ações promocionais fortes desde a primeira semana do mês. A estratégia reflete a conjuntura do mercado: a economia deixou de crescer no ritmo que estava no começo do ano e, por conta disso, as PMEs tiveram que apostar fortemente no mês de novembro para impulsionar as vendas e atrair e reter clientes, já pensando no Natal e nas festas”, afirma Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop.

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Os consumidores também aproveitaram a data para adiantar a compra de alguns presentes para o Natal. O levantamento da Nuvemshop mostra que “Brinquedos” foi o quarto segmento de PMEs que mais vendeu no e-commerce neste ano, registrando um faturamento de R$2,5 milhões. O segmento nem chegou a estar dentre as Top 5 categorias da Black Friday 2020, o que indica um novo comportamento do consumidor, que aproveitou os preços mais atrativos para antecipar presentes. Assim, as categorias que mais faturaram neste ano, em ordem decrescente, foram: Moda (R$35,2 milhões), Saúde & Beleza (R$4,9 milhões), Casa & Jardim (R$3,1 milhões), Brinquedos (R$2,5 milhões) e Eletrônicos (R$2,4 milhões).

Meios de pagamento e logística em destaque na Black Friday

Os meios de pagamento oferecidos pelos e-commerces também retratam a situação econômica dos brasileiros neste ano. Embora o ticket médio das compras seja 12% maior, os consumidores pagaram em parcelas: 47% das compras foram pagas em 2 parcelas ou mais, enquanto no ano passado apenas 31% das compras não foram à vista. Consequentemente, o meio de pagamento mais utilizado nesta edição foi o cartão de crédito, responsável por mais da metade das transações das PMEs no e-commerce

“Diante do cenário atual, com alta inflação, é natural que as compras acabem pesando um pouco mais no bolso do consumidor. Isso se reflete nas escolhas feitas, principalmente em relação ao pagamento. Os brasileiros recorreram às compras parceladas neste ano e o valor final do carrinho esteve um pouco maior, resultado da inflação e também da aposta nas compras da Black Friday para aproveitar descontos”, explica Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil.

Outra novidade desta edição é o Pix como uma das apostas em meios de pagamentos, principalmente para compras de até R$200. Neste ano, houve uma boa adoção do Pix, que foi a opção de pagamento de 8% das vendas online de PMEs, enquanto as vendas por boleto foram de apenas 5% e o cartão de débito foi responsável por apenas 0,5% das transações. 

Segundo a Nuvemshop, 70% dos pedidos foram enviados por aplicativos de logística, enquanto só 30% dos pedidos foram enviados pelos Correios.