Um mês após levantar uma rodada de R$ 580 milhões liderada pelo SoftBank, a Omie, plataforma de gestão (ERP) focada em empresas médias, anunciou a aquisição da Devi Tecnologia, empresa de soluções de software para vendas (Pontos de Venda e Pré-Venda). O valor do negócio não foi divulgado.
De acordo com a Omie, a Devi registrou um crescimento acelerado em 2020 e 2021, ao passo que milhares de pequenas e médias empresas precisaram digitalizar suas operações devido à pandemia. Crescimento esse que se manteve mesmo após a reabertura do mercado – de janeiro a julho desse ano, a Devi teve um aumento de 73% da receita líquida em comparação ao mesmo período do ano passado.
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Além disso, a Devi já era parceira da Omie.Store, um marketplace com mais de 60 soluções complementares e nativamente integradas ao ERP da Omie, que ajudam as empresas a organizar sua gestão interna. Por lá, mais de mil clientes da Omie já utilizam a solução oferecida pela Devi.
Na visão de Marcelo Lombardo, CEO e fundador da Omie, a compra da Devi vai reforçar a oferta de soluções cada vez mais verticalizadas para os clientes da Omie, elevando o patamar competitivo por meio de soluções de softwares para vendas. “Vemos os atuais parceiros da Omie.Store como empresas estratégicas para possíveis aquisições, pois são soluções já validadas pelos clientes e com um histórico de confiança no relacionamento com a Omie. A experiência com a Devi deixou claro o talento do time no desenvolvimento de um produto específico para o varejo”, disse Lombardo.
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A Devi é a segunda aquisição da Omie. No ano passado, a plataforma adquiriu a Mintegra para começar a expandir. Parte dos recursos captados na rodada pré-IPO com o SoftBank será destinada a aquisições para aumentar a capacidade do produto.
Fundada em 2013, a Omie tem 950 funcionários e 70 mil clientes. A empresa vinha vendendo seu serviço integrado de gestão e produtos financeiros para empresas com faturamento médio de R$ 10 milhões por ano. Com a pandemia, passou a buscar clientes com faturamento de até R$ 200 milhões, disputando um mercado atendido por gigantes como a alemã SAP.