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Oya Care capta R$ 16 milhões para alavancar clínica virtual de saúde feminina

Focada no planejamento da vida fértil de pessoas com ovário, a femtech oferece atendimento ginecológico virtual e acessível

Oya Care
Stephanie Von Staa Toledo, fundadora e CEO da Oya Care. Foto: Divulgação
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A femtech brasileira Oya Care se lançou no mercado em 2021 como uma clínica virtual de saúde preventiva feminina, focada no planejamento da vida fértil de pessoas com ovário. A proposta, inédita no país, garantiu à startup um aporte Seed de R$ 16 milhões, em rodada liderada pela Susa Ventures e acompanhada pelos fundos 1616 Ventures e Positive Ventures, além de investidores existentes, como o Canary e a IKJ Capital. Antes do Seed, a Oya levantou um pré-Seed de R$ 4 milhões para tirar a ideia do papel. 

Segundo Stephanie Von Staa Toledo, fundadora e CEO da Oya, o primeiro ano de operação foi importante para a startup validar sua tese. Segundo dados apurados pela startup, no Brasil, 71% das mulheres entre 30-34 anos querem saber sobre seus níveis de fertilidade, mas apenas 8% passaram por algum tipo de avaliação. Além disso, cada vez mais mulheres adiam a maternidade, mas sem ter muita informação sobre sua fertilidade e possíveis consequências dessa decisão.

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Foi para atender a essa demanda que a Oya desenvolveu três produtos: Descoberta da Fertilidade e Consultoria da Fertilidade, que, combinados, oferecem um teste de fertilidade e uma espécie de “plano de fertilidade”, em que um ginecologista avalia os resultados e ajuda a paciente a entender e planejar sua vida fértil. 

O terceiro produto é o SOS Oya, que oferece assistência ginecológica emergencial para atender de maneira prática e rápida as dúvidas, queixas e incômodos de pessoas com vulva. O objetivo aqui é oferecer uma experiência de consulta ginecológica mais acolhedora. 

A operação da Oya é totalmente virtual, com um time de 12 colaboradores e seis médicos que cuidam do atendimento das usuárias do serviço (que são chamadas de “oyanas”).

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Agora, com o caixa cheio, a Oya planeja investir na expansão da operação, incluindo aí ampliar o networking com a comunidade médica e planos de saúde, que podem indicar a Oya como canal de avaliação; e no desenvolvimento de nova soluções. 

Stephanie diz que a Oya chegou ao mercado para preencher uma lacuna na medicina e no acesso à saúde para mulheres e pessoas com ovários e quer redefinir a relação das pessoas com ovários e sua fertilidade através de atendimento virtual, acessível e sem preconceitos. “No final do dia, queremos ver mais mulheres e pessoas com ovário com autonomia para tomarem as melhores decisões para a sua vida – apoiadas pela medicina e pela ciência”, disse.