O sistema de pagamentos PIX já deu mostras de seu potencial e tem sido bastante popular entre os consumidores. Do outro lado do balcão, o método de pagamento têm ampliado sua aceitação pelas lojas online, como aponta um estudo de pagamentos realizado pela consultoria Gmattos.
De acordo com o levantamento mais recente, o PIX atingiu 64,4% de aceitação pelo e-commerce brasileiro. O número representa um salto de 8,5 pontos percentuais em relação aos dados monitorados pela consultoria em dezembro de 2021.
A companhia acredita que o salto tenha sido fomentado pela adesão de grandes lojas do setor ao método de pagamento. Atualmente, o PIX só fica atrás dos boletos (74,6%) e crédito (98,3%) como principal método de pagamento oferecido pelo e-commerce brasileiro.
“Mantida a velocidade média de crescimento do PIX, sua aceitação poderá alcançar os boletos em março ou, no mais tardar, em maio deste ano”, estima Gastão Mattos, cofundador e CEO da Gmattos. “Contudo, novas inclusões tendem a ser mais difíceis do que aquelas conquistadas até agora, devido ao alto patamar já alcançado”, complementa.
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A mais recente edição do estudo analisou 59 lojas online de destaque no mercado brasileiro, dos mais diversos segmentos, as quais, juntas, representam 85% do comércio eletrônico do país. A maior parte das observações dessa edição aconteceu entre os dias 24 e 25 de janeiro de 2022.
Na avaliação do especialista, alguns fatores devem ajudar a manter a modalidade em crescimento, como a funcionalidade de PIX parcelado, por exemplo. Outro aspecto que contribui com a alta adesão ao PIX é a possibilidade dos consumidores receberem descontos no valor à vista.
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O estudo ainda revela que, apesar do sucesso, o PIX não tem roubado espaço do boleto, e sim do pagamento com débito. Das lojas que aceitavam PIX em janeiro, 84% também trabalhavam com boletos, enquanto um percentual bem menor, de 34%, operava com algum tipo de débito.
BNPL: A volta do crediário?
Consolidado em primeiro lugar desde janeiro de 2021 está o crédito, com uma aceitação de 98,3% em todas as edições do Estudo de Pagamentos Gmattos. Funcionalidades como o parcelamento “sem juros” e pontuação em programas de milhagem incentivam o consumidor a usar esse método.
Por outro lado, o parcelamento não parece ter hoje a amplitude desejada pelos lojistas para atender a todas as demandas dos consumidores online, especialmente nos segmentos com valores de venda elevados.
Dessa forma, o formato de parcelamento “Buy Now, Pay Later” tem ganhado força, segundo o estudo. “[O crediário] possivelmente incorporará o PIX parcelado em uma agenda futura”, diz Gastão Mattos.
