A plataforma de comércio eletrônico Olist disse nesta quarta-feira que captou US$ 186 milhões numa rodada de série E liderada pela Wellington Management, tornando-se o mais novo exemplar brasileiro de unicórnio, jargão do mercado para startups avaliadas em ao menos um bilhão de dólares.
Softbank, Goldman Sachs e Valor Capital também participaram do investimento. A nova captação vem oito meses após a Série D, liderada por SoftBank e Goldman Sachs. Em 2021, a companhia diz ter triplicado de tamanho, em parte por causa da estratégia de aquisições. Segundo o CEO e fundador do Olist, Tiago Dalvi, esse é apenas o começo.
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“Nós entendemos que o M&A é uma forma de acelerar a tese em si. A nossa tese é entregar um ecossistema completo, servindo o lojista de forma integral. Seguimos crescendo organicamente de forma muito acelerada, e continuamos observando oportunidades além daquilo que fazemos. Seguimos com um pipeline muito agressivo, conversando com multiplas empresas”, aponta Dalvi.
Nos últimos dois anos, foram compradas quatro startups: a empresa de social commerce Clickspace, em novembro de 2020; a logtech PAX, em dezembro do ano passado; a plataforma de e-commerce Vnda e a empresa de ERP Tiny (essas duas últimas em outubro).
Dalvi explica que a startup não tem um número de aquisições na cabeça, mas monitora companhias de logística, serviços financeiros e empresas de e-commerce.
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Nosso objetivo no Olist é construir um ecossistema de soluções completo e integrado, seja desenvolvendo essas soluções internamente ou incorporando produtos já relevantes no segmento
Tiago Dalvi, CEO do Olist.
A foco do novo unicórnio brasileiro é o mesmo de sempre: digitalizar lojistas, aumentar suas vendas e tornar a gestão da operação mais eficiente por meio de ferramentas digitais integradas.
De olho (e com o pé) no mercado mexicano
Com mais de 45 mil lojistas e marketplaces como clientes, o Olist planeja alcançar a marca dos 100 mil clientes no próximo ano. Para isso, a empresa quer, além de compras novas empresas, desenvolver seus serviços financeiros e expandir as operações no México.
O executivo explica que a empresa avaliou uma série de mercados (inclusive, fora da América Latina) antes de chegar à conclusão de que as condições do mercado mexicano eram ideiais para provar o conceito do Olist fora do Brasil.
“É apenas o primeiro passo. Nós queremos entender quais são as dores dos varejistas mexicanos para construir o produto mais aderente possível. Não é apenas replicar o que fizemos no Brasil. Nós temos uma série de soluções que são exclusivas para o mercado no México”, conta Dalvi.
No México, a solução do Olist já está integrada com Mercado Livre, Walmart e essa lista deve crescer nos próximos meses. A empresa deve encerrar o ano com 30 colaboradores no país.