O Banco Central do Brasil adiou o início do lançamento da Fase 2 do open banking para 13 de agosto, conforme informou a instituição nessa quarta-feira (14). O cronograma previa que a segunda fase fosse lançada amanhã, 15 de julho.
Na Fase 2, as instituições bancárias que aderiram ao open banking passam a compartilhar os dados cadastrais e transacionais de seus clientes, mediante autorização prévia. De acordo com o BC, o adiamento atende justamente a um pedido da estrutura de governança do Open Banking, uma vez que as instituições estão finalizando os testes para a obtenção de certificações para homologação e registro de suas APIs, por meio das quais será possível fazer o compartilhamento de dados.
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O open banking brasileiro é parte da “Agenda #BC”, uma pauta de trabalho do Banco Central centrada na evolução tecnológica para desenvolver e fortalecer eficiência do sistema financeiro.
Em resumo, o open banking vai permitir que os clientes compartilhem suas informações financeiras entre instituições autorizadas pelo BC. Com isso, terão mais autonomia para escolher serviços e produtos financeiros e poderão gerenciar a vida financeira em mais de uma plataforma ou app.
Do lado do mercado, o open banking tem potencial para colocar em pé de igualdade os bancos tradicionais, fintechs e demais instituições financeiras que operam sob alguma licença do Banco Central do Brasil graças à adoção de uma camada de tecnologia padronizada que vai simplificar a comunicação e a portabilidade de dados entre as instituições.
Embora a agenda regulatória do open banking seja uma tendência global, o desenho do open banking e a estratégia de implementação mudam em cada país. No Brasil, a gestão centralizada do Banco Central e a criação de um padrão de comunicação via APIs (application programming interface) são os grandes diferenciais em comparação com o modelo adotado em outros países.
Fases do open banking no Brasil
- Fevereiro, 2021 – Abertura
Nesse momento, as instituições financeiras cuja adesão é compulsória e aquelas que optaram por participar compartilham informações padronizadas de produtos e serviços bancários. Nessa fase nenhum dado de cliente é compartilhado. - Customização
A partir daqui, o cliente terá participação mais ativa e poderá solicitar o compartilhamento de seus dados e informações financeiras entre instituições. O maior ganho para o consumidor será a customização de ofertas e produtos. O ecossistema financeiro será sacudido por inovação e competitividade. - Autonomia
Nessa fase, os consumidores terão acesso a serviços como pagamentos e propostas de crédito além dos canais das instituições financeiras. O consumidor ganha mais autonomia para acessar serviços financeiros por outros canais. - Evolução
O escopo do open banking é ampliado: informações de operações de câmbio, de investimentos, de seguros, de previdência e de contas-salário poderão ser compartilhadas, mediante autorização.