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Privatização dos Correios: Governo publica decreto para venda da estatal

O decreto inclui a venda do controle acionário da empresa e a concessão dos serviços postais de envio de cartas, impressos, encomendas e telegrama

Correios privatização
Foto: REUTERS/Ricardo Moraes
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  • Os Correios investiram R$ 300 milhões em 2020; a necessidade de investimento para este ano seria de R$ 1,7 bilhão. Para 2025, a conta chega a R$ 2,6 bilhões;
  • O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) dos Correios em 2020 somou 988 milhões de reais;
  • A receita líquida, porém, recuou 6% no período, a 17,7 bilhões de reais;
  • O governo tem expectativa de realizar o leilão dos Correios no próximo ano.

O governo federal publicou nesta quarta-feira decreto que inclui os Correios no Programa Nacional de Desestatização, estabelecendo o BNDES como responsável pela execução e o acompanhamento do processo.

O decreto inclui a venda do controle acionário da empresa e a concessão dos serviços postais de envio de cartas, impressos, encomendas e telegrama. Embora o governo tenha dito anteriormente que não pensava em fatiar a privatização da estatal, na prática, é possível que as concessões sejam feitas para empresas diferentes.

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Segundo o texto, a desestatização está condicionada à “aprovação, pelo Congresso Nacional, do marco legal dos serviços postais”.

O governo tem expectativa de realizar o leilão dos Correios no próximo ano. A modelagem da venda da companhia deve ser concluída em agosto, após a primeira fase dos estudos de desestatização ser concluída em meados de março.

O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) aponta que os Correios investiram 300 milhões de reais em 2020 e que a necessidade de investimento para este ano seria de 1,7 bilhão de reais. Para 2025, a conta chega a 2,6 bilhões de reais. A fatia de mercado da empresa nos últimos anos, segundo o levantamento do PPI, caiu de 48% em 2017 para 43% em 2019.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) dos Correios em 2020 somou 988 milhões de reais, alta de 46% sobre 2019. A margem cresceu de 3,7% para 5,7%. A receita líquida, porém, recuou 6% no período, a 17,7 bilhões de reais.