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Randon, de implementos rodoviários, cria divisão para investir em startups de transporte

Grupo já atua com serviços financeiros, e agora busca oportunidades em inovação automotiva

Grupo Randon já atua com banco e consórcios, mas origem está no setor de transportes
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  • Primeira rodada de investimentos oferecerá US$ 690.000 e poderá incluir até 12 empresas de tecnologia;
  • A startup TruckHelp recebeu investimento. Ela oferece uma plataforma para conectar autopeças e oficinas de automóveis com motoristas e transportadoras.

O Grupo Randon, empresa brasileira com origem no setor automotivo e na fabricação de equipamentos para caminhões e ônibus, busca expandir sua divisão de serviços e se firmar em tecnologia automotiva por meio de investimentos. O grupo está lançando um novo braço para capital de risco, a Randon Ventures, que buscará oportunidades em startups.

A princípio, a iniciativa pode parecer inusitada, mas a Randon não é iniciante em finanças: sua divisão de serviços já inclui um banco e uma administradora de consórcios. Daniel Randon, CEO do grupo, disse ao Valor que a primeira rodada de investimentos oferecerá R$ 3 milhões (US$ 690.000) e pode incluir até 12 empresas de tecnologia que apresentarem soluções para a controladora.

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Cada startup pode receber até US$ 69.000. A primeira seleção feita pela Randon Venture é o TruckHelp, uma plataforma de soluções e serviços para motoristas de caminhão e empresas de caminhões de longo curso, conectando-as a autopeças e oficinas de reparação de automóveis.

Daniel Ely, diretor de planejamento da Randon, disse ao Valor que a nova divisão será focada inicialmente em setores complementares aos negócios principais da empresa, como “logística, serviços financeiros, seguros e mobilidade”. Segundo ele, a Randon Ventures também contribuirá com treinamento, mentoria e suporte para novos ecossistemas de inovação.

O objetivo do grupo é manter-se atualizado em inovações digitais para o negócio de mobilidade, incluindo veículos elétricos e autônomos, mas também aumentar suas ofertas de serviços, que em 2018 representaram apenas 4% da receita total.