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Rappi consegue autorização para operar como banco digital na Colômbia

O Rappi agora oferecerá produtos de depósito e poupança via RappiPay, por meio de uma joint venture com o Banco Davivienda

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Foto: Shutterstock
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Dando continuidade à estratégia de expansão de seu ecossistema de produtos e serviços, a startup colombiana Rappi anunciou que obteve autorização do órgão regulador financeiro da Colômbia (Superintendencia Financiera de Colombia, algo como o Banco Central no Brasil) para operar como banco digital no país.

A SFC autorizou o RappiPay, uma joint venture entre o Rappi e o Banco Davivienda, a operar como digital. O RappiPay começou a operar na Colômbia como uma carteira digital, usando a plataforma Daviplata para que os clientes pudessem fazer pagamentos, transferências e compras. Com a autorização pela SFC, o Rappi passará a oferecer serviços de depósito e de poupança por meio de sua própria plataforma.

“Agora, os produtos de depósito e poupança serão oferecidos pela entidade financeira RappiPay através de sua própria plataforma”, disse o Rappi em um comunicado.

O RappiPay já oferecia um cartão de crédito e uma conta de depósito online, assim como outros serviços financeiros na Colômbia, México, Brasil, Peru e Chile – dependendo das regras locais de cada país – mas sem oferecer os serviços completos de um banco online.

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Na Colômbia, o RappiPay já tem cerca de 800.000 usuários e já emitiu cerca de 200.000 cartões de crédito. O presidente do RappiPay, Gabriel Migowski, disse em novembro passado que o Rappi e o Banco Davivienda concordaram em investir US$ 100 milhões na plataforma financeira.

“Queremos ser um banco completo, um banco não apenas para quem utiliza o Rappi como consumidor, mas também para os trabalhadores de entrega do app e pessoas jurídicas. Nós estamos focados principalmente em criar a melhor experiência de cartão de crédito para depois podermos oferecer serviços financeiros às pequenas e médias empresas que operam conosco”, disse Migowski na época.

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O Rappi opera atualmente em mais de 250 cidades em nove países da América Latina e se tornou um unicórnio em 2018 após uma rodada de US$ 200 milhões da DST Global. Mas o maior aporte no Rappi aconteceu em março de 2019: US$ 1 bilhão do SoftBank, o maior investimento recebido por uma startup latino-americana até hoje. Em agosto passado, o Rappi arrecadou um pouco mais de US$ 500 milhões em uma nova rodada de financiamento, elevando seu valuation para US$ 5,25 bilhões.