Negócios

Rappi irá demitir 6% de seus funcionários na América Latina

A startup colombiana diz estar focando investimentos nos times de tecnologia e experiência do usuário

Startup colombiana irá demitir cerca de 300 funcionários. Foto: Shutterstock

O super app colombiano Rappi, avaliado em US$ 3,5 bilhões e apoiado pelo conglomerado japonês Softbank, está demitindo cerca de 300 funcionários na América Latina, algo que representa 6% do quadro total de funcionários da startup.

“Em 2020, a Rappi decidiu investir no seu time de tecnologia e na experiência do usuário. Com o objetivo de alcançar sua visão, a empresa optou por reduzir algumas áreas e ampliar outras para atingir seus planos e aprimorar cada vez mais a experiência dos seus usuários. No total, o número de pessoas impactadas pela decisão representa 6% dos colaboradores de toda a América Latina. Essa decisão não afeta nossos planos de crescimento, inclusive estamos contratando um grande número de funcionários para as áreas foco da Rappi para 2020”, disse um porta-voz da empres ao LABS.

Focado principalmente em cargos juniores, houve cerca de 150 demissões apenas no Brasil, e os cortes ocorrem em um momento em que a Rappi está passando por mudanças em alguns cargos chave, como a posição de CEO no Brasil, que será assumido por Sérgio Saraiva, da Cielo, e Ana Paula Bogus, ex-vice-presidente da Kimberly-Clark, que se tornou general manager da operação de São Paulo, que representa mais de 50% da receita da Rappi.

LEIA TAMBÉM: Como a startup colombiana Rappi está liderando a nova era tech da América Latina

“O Softbank é um dos nossos investidores mais importantes e eles estão envolvidos na decisão como parte do nosso conselho. No entanto, essa decisão foi feita pelo nosso time interno de líderes como parte do nosso plano para atingir a nossa meta de crescimento como empresa e entregar novos produtos em 2020”. Em operação desde 2015, a Rappi levantou US$ 1 bilhão com o Softbank em abril passado – a maior aposta da empresa japonesa em uma startup latino-americana – mas até agora ainda não obtém lucros, focando em um crescimento ambicioso em toda a região.

“O Brasil é um de nossos mercados mais importantes na América Latina e os nossos planos para o País serão um divisor de águas para o setor de aplicativos, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. Temos planos ambiciosos para a empresa no Brasil e estamos otimistas com os planos de negócio da empresa para 2020”, concluiu o porta-voz em comunicado.