Com a crise global causada pela pandemia do COVID-19, as pequenas e médias empresas (PMEs) passaram por dificuldades de vários tipos. Na briga pela sobrevivência, várias dessas PMEs investiram na digitalização de suas operações e migraram para plataformas de venda online. O número de pequenos e médios negócios que expandiram suas fronteiras para o mundo online triplicou na comparação entre os níveis pré-pandemia.
No Brasil, por exemplo, o número de negócios que digitalizaram suas operações pela primeira vez cresceu 208% na comparação com entre 2020 e 2019, revela um estudo divulgado pela Mastercard na última sexta-feira (8).
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“Em julho de 2020, o número de empresas que fizeram a mudança online pela primeira vez triplicou em comparação com o nível típico pré-pandemia, refletindo o aumento da demanda por um canal de vendas online, bem como o ligeiro atraso depois que os lockdowns começaram a acontecer. A taxa de expansão para o digital se mantém em um nível elevado globalmente desde então”, aponta o documento divulgado pela companhia de pagamentos.
Digitalização e sobrevivência
Os dados são da pesquisa Recovery Insights: Small Business Reset, desenvolvida pelo Mastercard Economics Institute. O relatório tem foco em pequenas e médias empresas, que representam 90% do volume de negócios e empregam mais da metade dos trabalhadores do mundo. O relatório cruza informações da rede de empresas conectadas com a marca e também bancos de dados terceiros.
Um dos testes de digitalização realizados pela marca levou em consideração o impacto de ter um e-commerce impactou as vendas durante a pandemia revelou que as PMEs que conseguiram migrar para o digital se saíram melhor em vendas e na atração de consumidores quando comparadas com negócios offline.
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A análise ainda revela que 34% das compras realizadas de forma incremental nos e-commerces não teriam acontecido em estabelecimentos tradicionais.
De acordo com a operadora de cartões de crédito, as vendas totais de PMEs (pequenas e médias empresas) aumentaram 4,5% desde o começo do ano até agosto, em comparação com o mesmo recorte de tempo do ano passado. Por outro lado, as vendas no comércio eletrônico tiveram um salto de 31,4% no período.