- Com 18 milhões de usuários mantendo seus saldos no PicPay, a carteira enfrenta o mesmo desafio que outras carteiras e bancos digitais: como fazer os clientes efetivamente usarem suas contas no dia a dia?
- Dos mais de 55 milhões de clientes do PicPay, cerca de 28 milhões são considerados ativos, ou seja, usaram o app ao menos uma vez nos últimos três meses.
O saldo total em carteira dos usuários do PicPay, maior carteira digital da América Latina, ultrapassou os R$ 5 bilhões na primeira semana de outubro. O montante é quatro vezes maior do que o registrado no início do ano e o maior desde a criação da empresa, em 2012.
Com 18 milhões de usuários mantendo seus saldos no PicPay, a carteira enfrenta o mesmo desafio que outras carteiras e bancos digitais: como fazer os clientes efetivamente usarem suas contas no dia a dia? Muitas vezes, quem é cliente desses serviços os usa para transações específicas, como aplicativos de delivery ou pagamento de serviços por assinatura, mantendo o grosso da renda em um banco tradicional ou mesmo usando dinheiro em espécie para outras transações de rotina.
Dos mais de 55 milhões de clientes do PicPay, cerca de 28 milhões são considerados ativos, ou seja, usaram o app ao menos uma vez nos últimos três meses.
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Além do impulso dado pela pandemia e pelo auxílio emergencial, ainda em 2020, o PicPay lançou de uma nova oferta para fisgar os usuários: passou a oferecer retorno de 210% do CDI sobre o saldo. Após vários meses isso mudou. Hoje, a carteira oferece 120% do CDI (um rendimento competitivo frente a outras possibilidades), além de vantagens como liquidez diária, limite de até R$ 250 mil, e não exigir a contratação de qualquer produto ou um aporte mínimo mensal para manter uma conta aberta.
“Nosso objetivo é ser o lugar preferido do brasileiro para resolver toda a vida financeira. Estamos aprimorando a experiência na carteira para que o PicPay seja o melhor lugar para pagar tudo e todos”, disse Danilo Caffaro, diretor de Serviços Financeiros PF do PicPayl, em comunicado à imprensa.
No mês de setembro, o PicPay registrou 49 milhões de transações entre pessoas (peer-to-peer e PIX). Caffaro explica que a ampla digitalização dos serviços financeiros e o acréscimo de novas funcionalidades do PIX devem estimular ainda mais o uso das carteiras digitais. O executivo lembra que o PicPay foi um precursor da transferência instantânea: desde o surgimento do app, em 2012, o PicPay permite transações entre usuários (peer-to-peer) com um clique, e a qualquer momento do dia.
Também em setembro, o PicPay atingiu R$ 500 milhões em crédito, outra área de expansão para as transações entre pessoas. Em março deste ano, a carteira lançou o empréstimo entre pessoas, conhecido como (peer-to-peer lending).
Assim como nos aplicativos de mensagem, quem precisa de dinheiro pode procurar um investidor (aquele que pode emprestar) na sua lista de amigos e iniciar uma negociação via mensagem direta. Os juros são negociados pelo tomador diretamente com o investidor, que segundo o PicPay, pode ter um rendimento mais atrativo do que em muitas aplicações, como as de renda fixa, com retornos até 10 vezes maiores do que a Selic. O empréstimo não pode ultrapassar os R$ 15 mil.
Meses depois, lançou um projeto piloto para testar empréstimos via plataforma entre pessoas da mesma família e amigos – modalidade que pretende ampliar nos próximos meses.