- No fim de julho, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) distribuiu os 41 slots que antes eram usados pela Avianca para a Azul (15), a Passaredo (14 e MAP (12);
- A Azul diz que o impacto virá, mas aos poucos;
- A companhia espera fechar uma joint-venture com a TAP para a parceria em voos transatlânticos.
John Rodgerson, presidente da Azul, disse em teleconferência com analistas que a redistribuição dos horários de pousos e decolagens, os chamados slots, do aeroporto de Congonhas que estavam com a Avianca Brasil terá um impacto gradual no mercado doméstico brasileiro.
No fim de julho, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) distribuiu os 41 slots que antes eram usados pela Avianca para a Azul (15), a Passaredo (14 e MAP (12). As empresas ainda precisam demonstrar que conseguem atender a demanda. De acordo com o jornal Valor Econômico, o processo pode ser concluído nesta sexta-feira (9).
Segundo informações do Valor, Rodgerson considerou a distribuição justa, mas lembrou que Gol e Latam ainda terão mais de 90% do aeroporto nas mãos.
A Azul ainda não decidiu se usará os slots para voos Rio-São Paulo ou mesmo São Paulo-Brasília, os de maior volume em Congonhas. Se os slots da Avianca tivessem simplesmente ido para a Gol e a Latam o cenário para o consumidor ficaria mais complicado.
A rota Rio-São Paulo é a ponte aérea menos concorrida entre as 20 mais movimentadas no mundo, segundo o jornal Gazeta do Povo. O grau de concentração é similar ao existente entre as duas principais cidades australianas: Melbourne e Sydney, onde duas empresas – Qantas e Virgin Australia – foram responsáveis por 77% dos voos. Ainda assim há quatro empresas na rota.
Na América Latina, a ligação entre as duas principais cidades colombianas, Bogotá e Medellín, é feita por três empresas, e a de Lima a Cuzco, por seis.
Em plena expansão, a Azul ampliou sua frota operacional para 131 aeronaves nos primeiros seis meses deste ano e deve encerrar 2019 com 143 aviões. A companhia informou que espera fechar “em breve”uma joint-venture com a TAP para a parceria em voos transatlânticos – a Azul detém 47,3% do valor econômico da aérea portuguesa. Segundo o Valor, o acordo faz parte dos planos da companhia de crescer a oferta de voos internacionais por meio de parcerias, compensando a menor expansão de frota para voos internacionais.