O SoftBank divulgou nessa segunda-feira (8) um prejuízo trimestral de US$ 10 bilhões, resultado da forte desvalorização dos investimentos feitos pela unidade Vision Fund, com a queda no preço das ações das empresas de seu portfólio e o peso da repressão regulatória da China às empresas de tecnologia. Esse foi o primeiro prejuízo trimestral do SoftBank desde o início da pandemia, segundo Masayoshi Son, diretor-presidente da empresa.
Mesmo com a queda do valor de seus ativos, o conglomerado de tecnologia japonês disse que suas ações estão subvalorizadas e que gastará até 1 trilhão de ienes (US$ 9 bilhões) na recompra de quase 15% de suas ações.
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“Estamos no meio de uma nevasca”, disse Son em entrevista coletiva, acrescentando que “não estava orgulhoso” do desempenho do Vision Fund no trimestre. Mesmo assim, ele disse que a empresa está dando passos firmes para dobrar o número de “ovos de ouro” em comparação com o ano passado.
O maior ativo do grupo, a empresa de comércio eletrônico chinesa Alibaba, viu seu valor de mercado cair cerca de um terço no segundo trimestre.
Son diz que a mudança no valor dos ativos do grupo, em vez do lucro, é a principal medida pela qual o desempenho deve ser medido. Os valores dos ativos despencaram 23%, para US$ 187 bilhões nos três meses até setembro.
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Embora as ações da SoftBank sejam negociadas com cerca de 50% de desconto, menor do que um intervalo recorde que desencadeou o lançamento de uma eventual recompra de 2,5 trilhões de ienes no ano passado, o conglomerado tem capital para fazer recompras agora, disse Son.
O grupo teve prejuízo líquido de 398 bilhões de ienes (US$ 3,5 bilhões) revertendo lucro de 628 bilhões de ienes um ano antes.