Uber, Slack, WeWork e várias outras startups de tecnologia viram seus valuations escalarem depois de uma injeção de capital daquele que atualmente é um dos mais populares players do mercado de investimentos: Softbank. No entanto, não apenas o Uber, que abriu seu capital em maio, está com valor de mercado bem abaixo do que foi o maior IPO do ano, mas a startup imobiliária WeWork também sofreu uma queda acentuada, depois de uma redução de US$ 47 para US$ 15 bilhões em seu valuation – o que levou a empresa a oficialmente desistir dos seus planos de IPO.
Embora o grupo japonês permaneça confiante em relação às suas recentes apostas, o mercado não parece tão positivo – e muitos investidores estão preocupados com o fato de o Softbank estar criando uma bolha no mercado – que agora, estaria começando a esvaziar.
Em uma entrevista ao jornal asiático Nikkei Asian Review, Rajeev Misra, CEO da Softbank Investment Advisers e encarregado do fundo Vision Fund, não pareceu concordar com nenhuma das críticas.
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“Se você está buscando uma valoricação que gere três vezes mais retorno, faz diferença se você compra uma ação a um valor 10% maior ou menor? Se você acha que seu US$ 1 vai se tornar US$ 3, não tem tanta importância se você paga US$ 1,1 ou US$ 1”, escareceu ao jornal.
Para Misra, o Vision Fund possui “investidores pacientes” e reveses a curto prazo não afetam um modelo de investimento baseado no longo prazo – como é o caso dos fundos do Softbank. Mas o executivo comentou sobre esforços do conglomerado japonês para solucionar tais questões. “Estamos desenvolvendo um grupo chamado ‘prontidão para abertura de capital’, que ajudará as empresas a se prepararem para a abertura.” O grupo de apoio ajudará esses players a “otimizar seus balanços financeiros”, visando geração de valor.
Com relação ao Vision Fund II, que deve estrear até o final do ano, Misra disse ao veículo que o segundo fundo manterá a estratégia atual de focar em empresas de tecnologia disruptivas, voltadas à inteligência artificial. “Existem muitas indústrias que sofrerão dusrupção, portanto, encontraremos outras indústrias disruptivas, é claro. Saúde, finanças, entretenimento, mídia, essas são grandes indústrias que ainda têm um enorme potencial de disrupção por meio da tecnologia”, explicou o executivo.