Negócios

Solfácil capta R$1,3 bilhão para ampliar projetos de energia solar

Os recursos da fintech têm sido usados para financiar pessoas físicas, pequenos comércios e produtores rurais que buscam implantar projetos solares

Fábio Carrara, CEO da Solfácil. Foto: Paulo Vitale/Divulgação Solfácil

A plataforma de energia solar Solfácil anunciou nesta segunda-feira (22) a captação de R$ 1,28 bilhão para financiar dezenas de milhares de sistemas fotovoltaicos para produção de energia.

Em nota à Reuters, a empresa disse que com a iniciativa se torna a segunda maior emissora de “green bonds” (títulos verdes) do Brasil, atrás apenas do banco BTG Pactual.

Em agosto de 2020, a fintech já havia recebido R$ 21 milhões em uma rodada de investimento Series A liderada pelo Valor Capital Group e, em junho de 2021, voltou ao mercado para fechar uma rodada Series B de US$ 30 milhões da QED Investors.

LEIA TAMBÉM: Mercado Livre terá investimentos em cripto no Brasil

Os recursos têm sido usados para financiar pessoas físicas, pequenos comércios e produtores rurais que buscam implantar projetos solares.

“Nossa missão é democratizar o acesso a energia fotovoltaica no país. Essa democratização passa por um financiamento a longo prazo desse ativo onde a parcela do financiamento é menor do que a economia de energia”, comentou o diretor financeiro e co-fundador da Solfácil, Guillaume Tiret.

“Graças a isso, a inadimplência dos nossos clientes é nitidamente abaixo da média do setor, o que nos permite captar volumes expressivos de dinheiro a custo competitivo e prazo alongado, e repassamos esses benefícios para nossos clientes”, acrescentou o executivo.

Em entrevista ao LABS, o CEO da startup, Fabio Carrara, explica como a operação funciona. “Uma fintech solar é uma operação de crédito tradicional, é um triângulo que envolve cliente, que está comprando o sistema e a empresa, que está prestando o serviço para o cliente, além do agente financiador, que somos nós”.

A Solfácil chega ao cliente por meio da parceria com a empresa instaladora e financia o cliente para comprar o sistema dessa empresa. Nesse processo de financiamento, a fintech não só avalia o crédito mas também o projeto proposto pela empresa para o cliente.

LEIA TAMBÉM: Dos cupons ao cashback: a Cuponeria quer ensinar o brasileiro a economizar nas compras

A companhia pretende movimentar R$ 1 bilhão em novos projetos ainda em 2021, quase dez vezes o volume movimentado em 2020. Para 2022, a estimativa é de R$ 2,5 bilhões, com mais de 115 mil clientes financiados nos dois anos somados.