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“Não é coisa de rico”: Sprout quer facilitar investimento em ações de empresas dos EUA

Com aporte de R$ 30 milhões, plataforma inicia operação na América Latina

Letreiro da Nasdaq na Times Square, em Nova York, março de 2021. Foto: Erik Pendzich/Shutterstock

Não é preciso ter muito dinheiro sobrando para investir no mercado de ações internacional. É com esse mote — e a ajuda de ferramentas sociais — que o aplicativo brasileiro Sprout quer facilitar o acesso dos latinoamericanos ao mercado de ações dos Estados Unidos.

A ideia da startup é que seus usuários possam investir quantias a partir de US$ 1 em mais de 4 mil ações, fundos e ETFs (fundos de investimento) americanos. “Não precisa ser rico para investir”, afirma o cofundador e CEO do Sprout, Ruben Guerrero. A empresa promete não cobrar taxas de manutenção de conta ou corretagem.

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O executivo norte-americano tem passagem por Goldman Sachs, E*Trade Financial e Xerpa — atualmente, Guerrero reside no Brasil. Guerrero fundou a companhia ao lado de outro norte-americano, Tyler Richie, primeiro cientista de dados do Nubank que também trabalhou na fintech TenX, em Cingapura.

O conceito ainda precisa está sendo testado, mas já convenceu alguns investidores. Nesta segunda-feira (20), a Sprout anunciou um aporte de R$ 30 milhões para impulsionar o início de suas operações na América Latina.

O investimento foi realizado pela aceleradora Y Combinator e pelas companhias Public.com e Sound Ventures, Liquid2, dentre outras.

Além de poder começar com pouco, o cliente vai ter à disposição na plataforma conteúdos de educação financeira e poderá trocar experiências com outros usuários de todo o continente

Ruben Guerrero, CEO do Sprout.

Sprout: rede social de investimento

A startup espera resolver dois dos principais entraves para os investidores de primeira viagem: o acesso e o desconhecimento. Para resolver o segundo problema, o aplicativo deve funcionar como uma rede social. De acordo com os fundadores, a plataforma vai conectar usuários para troca de informaçãoes sobre investimento.

As conexões e investimentos também poderão ser realizadas por meio de interesses em comum. Por exemplo: realizar investimentos em fundos e companhias que desenvolvam carros autônomos ou programas espaciais.

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Na plataforma, especialistas da Sprout vão, ainda, compartilhar notícias relevantes sobre o mercado financeiro dos EUA.

Para Guerrero, a interação e a discussão fomentam o conhecimento e até o mercado sai ganhando com isso. “Ao permitir que os usuários acompanhem o comportamento de cada um e compartilhem ideias sobre onde investir ou não, a consciência sobre o assunto é ampliada”, diz o CEO do Sprout.

Atualmente, a Sprout oferece seus serviços de investimento apenas para clientes convidados e permite um cadastro para uma lista de espera em seu site. Nos próximos meses, pessoas de toda a América Latina poderão abrir uma conta gratuita que permitirá acesso a diferentes opções de planos.