- De Nova Iorque, a WeWork já opera em 111 cidades e 29 países;
- O IPO da startup promete ser o segundo maior do ano, atrás apenas da oferta pública da Uber
O aguardado IPO da startup de escritórios compartilhados WeWork se confirmou na manhã desta quarta-feira. A empresa, com base em Nova Iorque, apresentou seus documentos financeiros na comissão reguladora do país, com proposta prévia para levantar $1 bilhão na oferta pública. A expectativa, no entanto, é de que o valor da captação seja três vezes maior.
A WeWork, que agora passa a se chamar We Co., conta com resultados positivos e crescimento arrojado, mas as perdas também escalaram – efeito que se observa na trajetória de outros players com modelos de negócio similares. Com faturamento de US$1,5 bilhão e prejuízo de US$904 milhões no primeiro semestre de 2019, a companhia divulgou expressivos US$1,9 bilhão em perdas no ano anterior, em contraste a uma receita de US$1,8 bilhão.
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Mas a startup conta com apoiadores de peso – entre eles, o conglomerado japonês Softbank, cujo portfólio de investimentos inclui nomes como Uber, Slack e Rappi. Com um valuation estimado em US$47 bilhões, a WeWork já levantou quase US$8,5 bilhões em rodadas de investimento desde sua fundação, em 2010.
Com presença em 111 cidades e 29 países, a norte-americana conta com 527 mil assinaturas em seus escritórios compartilhados e planeja abrir mais espaços em outros 169 locais, com expectativa de atingir 255 milhões de pessoas, segundo informações do portal TechCrunch.
O IPO da empresa, que deve abrir capital oficialmente em setembro, promete ser o segundo maior do ano; e tão altos quanto os números da WeWork, são as incertezas dos investidores em relação à lucratividade da empresa. Operando em um mercado tradicional como o imobiliário, mas agregando tecnologia, o modelo de negócio da empresa depende de muito investimento para se provar rentável.