- Atualmente, a startup possui mais de 700 “pontos Kangu” em São Paulo e atende a cerca de 400 empresas de comércio eletrônico;
- A startup oferece uma rede integrada de pontos de entrega e retirada para o varejo online.
A Kangu, uma startup que integra pontos de entrega e retirada para o comércio eletrônico, recebeu R$ 6 milhões em uma rodada de investimentos, e visa agora a expansão de seus negócios no Brasil. O investimento foi liderado pela NXTP Ventures, fundo de venture capital argentine, ao qual se juntaram investidores anjos (incluindo Américo Pereira Filho, ex-presidente da FedEx Brasil)
O modelo da Kangu oferece uma rede integrada de pontos físicos para o comércio eletrônico, conectando lojas online, comerciantes, operadores terceirizados de logística (3PLs) e consumidores finais em uma única plataforma. Atualmente, a empresa possui mais de 700 “pontos Kangu” em São Paulo e atende cerca de 400 empresas de ecommerce, de pequenos varejistas a grandes players do segmento.
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A Kangu não possui nem opera seus pontos, estabelecendo parcerias com pequenos lojistas e usando seus locais físicos como pontos para entrega e retirada de pacotes, além de serviços adicionais. Para o lojista, uma vantagem do negócio é um aumento no fluxo de pessoas que circulam em sua loja; para a Kangu, o modelo permite expansão rápida com custos mais baixos.
De acordo com o Brazil Journal, a startup também oferece às pequenas lojas acesso a grandes operadores logísticos, como Sequoia e Uello, tornando-os menos dependentes dos Correios.
“A ideia que tivemos foi que já havia uma infraestrutura logística nas grandes cidades. O que faltava era uma maneira de integrá-la à cadeia e fazer toda a gestão”, disse Ricardo Araújo, co-fundador da Kangu, ao Brazil Journal.
Sediada em São Paulo, a Kangu foi fundada em março de 2019 por Ricardo Araújo, Marcelo Guarnieri e Celso Queiroz, todos ex-executivos de logística na Rapidão Cometa, operadora 3PLs no Brasil que foi vendida para a FedEx. Com o dinheiro captado recentemente, a Kangu planeja iniciar operações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis e Vitória até o final deste ano.
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Mercado de R$ 20 bilhões
A logística para o ecommerce é um grande mercado no Brasil, atualmente avaliado em R$ 20 bilhões, e com crescimento de 15% ao ano, à medida que a adoção do varejo online aumenta – hoje, menos de 5% das vendas no varejo brasileiro são feitas online. Além disso, as empresas de comércio eletrônico enfrentam desafios consideráveis para simplificar suas operações de entrega, pois as redes tradicionais de logística urbana demoraram a se adaptar às demandas do comércio digital.