Antes mesmo de lançar seu produto no mercado, a startup de seguros para carros Justos anunciou um aporte de Serie A de US$ 35 milhões nesta segunda-feira (25). A rodada foi liderada pela Ribbit Capital e também teve participação do fundo do SoftBank para investimento na América Latina, e da GGV.
A companhia deve ser a primeira seguradora do Brasil a utilizar dados para recompensar quem dirige de forma consciente e, assim, oferecer preços menores do que a média do mercado.
LEIA TAMBÉM: A Nexodata quer digitalizar a saúde no Brasil com uma receita de cada vez
“Mesmo antes do lançamento oficial do nosso produto, conseguimos alcançar apoio de grandes investidores, o que mostra que estamos no caminho certo para inovar o mercado de seguros no Brasil”, ressalta o CEO da Justos, Dhaval Chadha.
A insurtech planeja usar o investimento para aumentar o time, para expansão geográfica e oferta de mais linhas de seguro. A empresa conta com 30 colaboradores no momento e espera chegar aos 50 até o fim do ano. A Justos tem mais de 30 vagas abertas para desenvolvedores de software — posição que deve ser estratégica no crescimento da startup.
A insurtech fundada por Chadha ao lado de Jorge Soto Moreno e Antonio Molins, sócios que se conheceram no Vale do Silício. Em maio, a Justos já havia levantado R$ 15 milhões uma rodada inicial liderada pela Kaszek e com participação da Big Bets, além dos investidores David Vélez, do Nubank, Sergio Furio, da Creditas, Patrick Sigrist, fundador e ex-CEO da ifood, Carlos Garcia, da Kavak, Assaf Wand, da Hippo Insurance, e Fritz Lanman, da Classpass.
Rastreio de dados e parcerias sociais
Fazendo medições com os celulares dos usuários, a startup vai utilizar dados para avaliar a forma como o usuário realiza aceleração, frenagem, curvas, se mantém a velocidade indicada na via e se tem uma direção focada, que analisa se a pessoa utiliza o celular enquanto dirige.
Com isso, a Justos promete planos até 30% mais baratos do que a concorrência e ainda pode conceder descontos adicionais a cada mês, com base na direção do mês anterior dos clientes.
A startup afirma que fechou parcerias com cinco organizações (AACD, Instituto Ayrton Senna, Gerando Falcões, Casa 1 e Conexsus) que vão receber parte do dinheiro não usado no pagamento de sinistros. De acordo com a companhia, a Justos terá um teto de receita (como percentual do faturamento). O que sobrar do dinheiro contribuído pelos usuários por meio do prêmio (tirando os custos dos sinistros) e ultrapassar esse teto, será doado para as instituições.
“Recebendo o maior aporte série A (para uma startup pre-operacional) da história da América Latina, temos uma grande responsabilidade. Nos próximos meses, vamos trabalhar para lançar nosso produto e proporcionar uma experiência diferenciada para os nossos clientes”, reforça o CEO.