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Startup mexicana de gestão de despesas Clara desembarca na Colômbia

Clara ingressou no clube de apenas sete "unicórnios" mexicanos em dezembro, mesmo mês em que abriu escritórios no Brasil.

Os fundadores da fintech mexicana Clara, Diego García e Gerry Giacomán Colyer
Os fundadores da Clara, Diego García e Gerry Giacomán Colyer. Foto: Clara/Divulgação
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A startup mexicana Clara, que oferece cartões de crédito corporativos e recursos de gerenciamento de despesas, está chegando na Colômbia. Clara se juntou ao exclusivo clube de apenas sete “unicórnios” mexicanos — ou startups avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais —, em dezembro, mesmo mês em que abriu escritórios no Brasil.

Com o movimento, a empresa espera investir US$ 10 milhões na quarta maior economia da América Latina, disse o chefe da startup na Colômbia, Leonardo Ramos, à Reuters ainda antes do anúncio.

Os cofundadores de Clara, Gerry Giacoman e Diego Garcia, se conheceram enquanto trabalhavam na Grow Mobility, a empresa por trás das lucrativas scooters verdes Grin que ocuparam calçadas no México e no Brasil há vários anos.

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Os dois conhecem o processo complicado para abrir uma empresa na América Latina, principalmente na obtenção de um cartão de crédito da empresa, que geralmente exigia uma ida à agência bancária mais próxima.

“Nós vivemos isso”, disse Giacoman à Reuters. “E não queremos isso, queremos ajudar as empresas daqui a serem mais competitivas e a operar com agilidade e clareza com suas finanças”, disse.

Com Clara, as empresas podem se registrar para Mastercards virtuais ou físicos em apenas alguns minutos, disse a empresa, sem precisar entrar em um banco.

Ao usar a Mastercard, a Clara também adapta seus serviços a cada país, ganhando uma vantagem local em termos de aceitação, disse Ramos.

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Giacoman e Garcia lançaram Clara em 2020. Em maio de 2021, a Clara levantou sua rodada da Série A de US$ 30 milhões, liderada por Tom Stafford da DST Global, com participação de Kaszek, Avid Ventures e investidores anteriores como General Catalyst.

Em dezembro de 2021, conseguiu uma rodada de financiamento da Série B de US$ 70 milhões liderada pela empresa de investimentos Coatue, somando-se ao financiamento de investidores-anjo por trás de outras startups importantes da região, como o serviço de entrega Rappi e a exchange de criptomoedas Bitso.

“Esperamos crescer cerca de cinco vezes o número de clientes até o final do ano. Portanto, são cerca de 15 mil entre os três países e outros para os quais estamos trabalhando na expansão”, disse Giacoman.

Traduzido e co-escrito por LABS