O mercado de inovação brasileiro segue aquecido e atraindo a atenção do capital internacional, indica o relatório mais recente do Distrito. De acordo com dados do Inside Venture Capital Report, divulgados nesta quarta-feira (3), o mês de outubro de 2021 registrou um volume de US$ 779 milhões investidos em startups brasileiras, distribuídos por 53 transações diferentes.
Assim, as companhias nacionais passaram a marca dos US$ 8 bilhões aportados em 614 negociações, considerando o período de janeiro a outubro — um crescimento de 119% em relação ao volume de capital levantado durante todo o ano de 2020 (US$ 3,6 bilhões).
Durante a apresentação, o cofundador do Distrito, Gustavo Gierun ressaltou algumas das principais movimentações de outubro, como o aporte de US$ 108 milhões na plataforma de tecnologia bancária Pismo e a captação de US$ 75 milhões da Pipefy, dentre outros.
Em ambos os acordos, há participação significativa do fundo do SoftBank para América Latina. “Algo que nós já apontávamos em meses anteriores, o SoftBank desponta como um dos principais líderes em investimento na região, em especial, nas empresas consolidadas, no chamado late-stage”, explica Gierun.
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Além disso, o cofundador do Distrito aponta que a oferta de mais abundante de recursos faz com que exista uma competitividade maior entre os fundos de venture capital, o que faz com que as startups tenham mais dinheiro à disposição.
Na visão da consultoria, essa é uma prova da maturidade do ecossistema de inovação brasileiro. “O Brasil deixou de ser uma promessa para ser uma realidade. Estamos em um ritmo de crescimento muito intenso e agressivo e podemos nos igualar às maiores potências no mundo em número de transações e aportes”, afirma Eduardo Fuentes, responsável pelo relatório Inside VC.
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O relatório ainda aponta os setores mais aquecidos até outubro de 2021, considerando volume de investimento:
- Fintechs — US$ 3,2 bilhões;
- Retail Tech — US$ 1,04 bilhão;
- Real Estate — US$ 1 bilhão;
- Edtech — US$ 552 milhões;
- Mobilidade — US$ 366 milhões.
Ainda se destacam os setores de saúde (Healthtech) e marketing (Martech) em volume de aportes: 47 e 39, respectivamente.