- O Cade aprovou a compra sem restrições, entendendo que o negócio não representa riscos ao mercado;
- A transação havia recebido objeções de rivais como Cielo, Safra e Adyen.
O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, aprovou nesta quarta-feira a compra da provedora de software Linx pela empresa de meios de pagamentos Stone, sem restrições, entendendo que o negócio não representa riscos ao mercado.
“A operação merece ser aprovada sem restrições, conforme concluiu a SG (Superintendência Geral do Cade)”, disse o relator do caso, conselheiro Sergio Ravagnani, em sessão transmitida online. Ele acrescentou que as empresas não possuem capacidade de fechar mercado e que a Linx não tem “condições de influenciar soluções de adquirência contratadas pelos clientes” como resultado da operação.
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A transação recebeu objeções de rivais como Cielo, Safra e Adyen, que citaram, segundo a leitura do relator, que clientes de softwares da Linx poderiam ser forçados a migrar suas soluções de pagamentos para a Stone.
A aquisição da Linx, cuja proposta foi anunciada em agosto do ano passado, deve transformar a Stone em uma provedora integrada de software e pagamentos em um momento em que novos rivais e novas tecnologias – como a plataforma de pagamentos instantâneos PIX, lançada pelo Banco Central – estão transformando a indústria de pagamentos no Brasil.
Às 16h15, as ações da Linx exibiam queda de 0,2%, enquanto os papéis da Stone em Nova York mostravam baixa de 2%. No mesmo horário, o Ibovespa mostrava queda de 0,5%.