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Aportes em empresas iniciantes superam, pela primeira vez, aqueles em negócios já estabelecidos

Estudo da KPMG e da ABVCAP mostra que, no ano passado, 200 empresas receberam R$ 14,6 bi de fundos de venture capital, enquanto 55 receberam R$ 9 bi de gestoras de private equity

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Foto: Shutterstock.
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  • Entre as empresas investidas, 27% dos aportes foram para 21 empresas de serviços financeiros;
  • Na sequência, aparecem os segmentos de tecnologia e informação (22%), varejo (12%), e outros;
  • Em 2020, os desinvestimentos dos fundos somaram R$ 18,4 bilhões, queda de 23% sobre 2019. O período foi marcado por uma série de IPOs de empresas investidas, como Quero-Quero, Petz, Enjoei! e Méliuz.

Levantamento feito pela consultoria KPMG e pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) mostra que as empresas brasileiras receberam R$ 23,6 bilhões em investimentos desses fundos em 2020 – segundo maior volume registrado no país desde 2011, 7% abaixo apenas de 2019. E mesmo em um ano marcado pelas incertezas da pandemia de COVID-19, o volume de investimentos em empresas iniciantes (venture capital) ultrapassaram, pela primeira vez, o montante aplicado em empresas consolidadas (private equity): R$ 14,6 bilhões e R$ 9 bilhões, respectivamente.

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No total, 255 companhias brasileiras receberam investimentos e informaram quanto ganharam na pesquisa KPMG/ABVCAP. Desse total, 200 tiveram aportes de fundos de VC e 55, de PE. No quatro trimestre de 2020, o investimento médio por empresa foi de R$ 67 milhões em VC, e R$ 409 milhões em PE. No mesmo período, os respectivos segmentos somaram aportes totais de R$ 3,6 bilhões e R$ 2,9 bilhões.

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“O Brasil está se consolidando como um centro global de inovação e empreendedorismo”, disse Piero Minardi, presidente da ABVCAP, em release enviado à imprensa.

Entre as empresas investidas, 27% dos aportes foram para 21 empresas de serviços financeiros. Na sequência, aparecem os segmentos de tecnologia e informação (22%), varejo (12%), e outros. Em 2020, os desinvestimentos dos fundos somaram R$ 18,4 bilhões, queda de 23% sobre 2019. O período foi marcado por uma série de IPOs de empresas investidas de fundos de PE e VC, como Quero-Quero, Petz, Enjoei! e Méliuz.