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Via atinge 100 mil vendedores terceiros e reforça estratégia de marketplace

Varejista usa lojas físicas como ponto de apoio de coleta para produtos vendidos por canais online

Via terá produtos importados e entrega em até 15 dias dona das Casas Bahia e Ponto Frio
Foto: Divulgação
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A Via, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, informou nesta terça-feira (21) que superou no início deste mês 100 mil vendedores terceiros em sua plataforma online. Nesses casos, os produtos são listados no e-commerce da marca, mas oferecidos por varejistas diferentes.

No começo do ano, então com 10 mil vendedores no marketplace, a empresa previa elevar esse número para 90 mil até o fim de 2021. Com a evolução mais rápida do que a esperada, o número de produtos únicos à venda (SKUs) passou de 3 milhões para 33 milhões em setembro.

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Atualmente, a companhia usa 30 de suas lojas físicas como ponto de apoio de coleta para produtos vendidos por canais online e estima ampliar esse número para 100 lojas até o fim do ano.

De acordo com o comunicado, entre os itens cujas vendas mais subiram em comparação com setembro de 2020:

  • Bebidas (+567%);
  • Produtos automotivos (+378%);
  • Produtos para pets (+230%);
  • Itens de casa e construção (+130%);
  • Produtos de beleza e saúde (+120%).

A varejista vem reforçando seus braços de soluções financeiras e log´ística por meio de uma estratégia de corporate venture capital (CVC), ou seja, investimentos e compras de startups que possam ser plugadas ao seu negócio principal ou gerar novas oportunidades.

De olho no crescimento das lojas virtuais baseadas na Ásia, a Via também antecipou o projeto de trazer vendedores internacionais para o seu marketplace. Por meio de uma parceria com a startup uruguaia NocNoc, a empresa inaugurou sua seção de produtos importados dos Estados Unidos e da China e promete realizar as entregas em até 15 dias.

Marketplaces e aceleração do consumo online

Curiosamente, o anúncio acontece após o concorrente, o Magazine Luiza, divulgar uma marca semelhante na segunda (20). No caso do Magalu, como a varejista gosta de ser chamada, cerca de 40% desse total são os chamados Parceiros Magalu, pequenos e médios varejistas de todo o país, até então totalmente analógicos, que ingressaram na plataforma da empresa após o início da pandemia.

Em agosto, o Magalu lançou maquininhas de cartão (chamadas de MagaluPay), conta digital e empréstimo para seus vendedores parceiros. A conta digital é integrada à plataforma da companhia e entrega um cartão de crédito aos seus usuários.

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De acordo com dados da consultoria McKinsey, houve um crescimento de 20% nos gastos com cartões de débito e crédito em lojas online desde janeiro de 2020.

A consultoria ainda aponta que a pandemia acelerou a digitalização de consumidores. Ainda em 2019, 92% dos consumidores que experimentaram fazer suas compras online se tornaram clientes habituais dessas plataformas.