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De olho na ideia de oferecer logística como serviço, Via compra logtech CNT

Varejista tem mais de 1 milhão de metros quadrados de armazenagem e 1 mil lojas espalhadas por todo o Brasil, mas ainda precisa avançar na parte digital

Centro de distribuição da Via em Jundiaí. Foto: Divulgação.

A Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto (ex-Ponto Frio), Extra.com.br, e AsaLog, anunciou a conclusão da aquisição da logtech CNT. A aquisição vai permitir a implantação da estratégia de fullcommerce da Via. Com o reforço, a Via vai poder armazenar estoque e cuidar da parte logística dos vendedores parceiros.

A empresa tem mais de 1 milhão de metros quadrados de armazenagem e 1 mil lojas espalhadas por todo o Brasil, mas ainda precisa avançar na parte digital – antes da pandemia, a empresa era 80% offline.

Em 2020, mesmo com a pandemia mantendo 80% das lojas fechadas por meses, a empresa teve receita líquida de R$ 28,9 bilhões, crescimento de 12,7% na comparação com 2019 e viu as vendas online crescerem de 23,9% para 48,5% do volume bruto de mercadores, o chamado GMV. No segundo trimestre e no terceiro trimestres do ano passado, dois saltos: as vendas digitais alcançaram 65% e 60% de participação no GMV, respectivamente. 

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A empresa também espera acelerar a inclusão de novos serviços logísticos apostando no formato multimarketplaces para seus parceiros. Parte do plano de crescimento da empresa é usar sua abrangência nacional como uma vantagem para ser prestadora de serviço para esses vendedores e até mesmo para concorrentes, e otimizando sua logística para ir além das entregas mais rápidas. Para atingir esse objetivo, a empresa precisa empregar de forma eficiente cada metro quadrado de seus armazéns e lojas.

No começo de setembro, a companhia alcançou a marca de 100 mil vendedores ativos realizando suas transações por meio do marketplace. Com essa mudança estratégica, a companhia trouxe uma diversidade muito maior de produtos para seus consumidores — e alguns desafios para o time responsável por dar suporte ao processo.

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A aquisição da CNT ajuda a melhorar os serviços a esse ecossistema de maneira mais rápida, principalmente no que diz respeito à experiência de compra, velocidade de entrega e custo do transporte de produtos.

“A Via acredita em somar talentos e experiências para alavancar o seu negócio. Essa transação nos permitirá implantar não apenas o nosso fulfillment, bem como expandir o portfólio de produtos e serviços para os parceiros do nosso ecossistema de forma agnóstica”, destaca Helisson Lemos, CINO/ vice-presidente de marketplace e inovação da Via.