Fusão de 7,8 bi de euros entre Worldline e Ingenico depende de concessões da UE

O acordo, que deve criar uma nova líder do segmento na Europa, foi anunciado em fevereiro deste ano

Worldine logomarca — Foto: Reuters/Christian Hartmann/Illustration

07.set.2020 16:33

A francesa Worldline, que nasceu da empresa francesa de TI Atos, oferece de tudo, desde maquininhas a pagamentos online;
A Ingenico, por sua vez, é uma grande provedora de terminais de ponto de venda que controla quase 40% do setor globalmente, e tem a América Latina como seu terceiro maior mercado;
A forte presença da Ingenico nos setores de viagens, saúde e varejo é um dos principais interesses da Worldline.

A oferta da empresa francesa de pagamentos Worldline 7,8 bilhões de euros pela Ingenico pode exigir concessões para obter a aval do regulador antitruste da União Europeia, disseram pessoas a par do assunto nesta segunda-feira.

A aquisição pela Worldline, que nasceu da empresa francesa de TI Atos e oferece de tudo, desde maquininhas a pagamentos online, veio na esteira de uma onda de fusões e aquisições das rivais americanas. O acordo, que deve criar uma nova líder do segmento na Europa, foi anunciado em fevereiro deste ano.

Se a Worldline não for capaz de acalmar preocupações da UE e na ausência de concessões, o acordo enfrentaria uma investigação em grande escala após o fim da revisão preliminar da UE.

A Worldline tem até quarta-feira para oferecer concessões à Comissão Europeia, a menos que convença o responsável pela concorrência da UE antes desse prazo de que a mudança é desnecessária.

A comissão, que deve decidir sobre o negócio até 16 de setembro, não quis comentar. A Ingenico não fez comentários imediatos.

“Estamos seguindo o procedimento usual de discussões com a Comissão e o processo está em andamento, dentro do cronograma esperado”, disse a Worldline.

A forte presença da Ingenico nos setores de viagens, saúde e varejo é um dos principais interesses da Worldline. A Ingenico é uma grande provedora de terminais de ponto de venda que controla quase 40% do setor globalmente, e tem a América Latina como seu terceiro maior mercado.