- A XP Selection Alternativo captou R$ 1,2 bilhão, no valor máximo da oferta e sendo oversubscribed
- Com mais de 10 mil cotistas o produto, que antes era acessível apenas para investidores profissionais (acima de R$ 10 milhões), foi pela primeira vez ofertado ao investidor qualificado e representa um marco histórico para esse mercado.
Na quarta-feira (14), Guilherme Benchimol, CEO e fundador da XP Investimentos, anunciou que a XP Asset fechou uma captação de R$ 1,2 bilhão para 10.000 investidores, formando um novo fundo de venture capital, focado em investimentos em startups e empresas fora da Bolsa no Brasil.
A oferta inicial do fundo XP Selection Alternativo teve uma demanda bastante superior às projeções iniciais. A proposta inicial, de captar R$ 835 milhões, foi elevada para R$ 1 bilhão, mas a captação efetiva acabou sendo superior a esse valor, atingindo R$ 1,2 bilhão. Com um total consolidado superior a 10 mil cotistas, o fundo já nasce como o maior de sua categoria.
“O XP Selection Alternativo é um marco na indústria de fundos alternativos do país. Até então esse tipo de produto era pouco acessível ao investidor pessoa física. Este lançamento reforça o posicionamento da XP Asset como a gestora com a grade de produtos mais completa do país”, reforçou Bruno Castro, CEO da XP Asset Management, em comunicado à imprensa.
Anteriormente, um fundo de fundos alternativos era disponível no Brasil somente para os chamados investidores profissionais – aqueles com mais de R$ 10 milhões em investimentos financeiros. O XP Selection Alternativo foi o primeiro veículo acessível a investidores qualificados (aqueles com investimentos financeiros superior a R$ 1 milhão), com aplicação inicial mínima de R$ 50 mil.
“Com o lançamento desse produto, estamos dando mais um passo na democratização dos investimentos, característica que faz parte do DNA da XP desde sua fundação”, explica Jorge Lange, gestor do novo produto. O XP Selection Alternativo irá comprar cotas de emissões primárias, assim como do mercado secundário e poderá realizar co-investimentos com gestores reconhecidos do setor.
A meta de rentabilidade será IPCA+20% ao ano, com taxa de administração de 1,25% nos primeiros quatro anos, caindo nos anos seguintes, e taxa de performance de 10% caso o fundo atinja pelo menos IPCA +7% ao ano de retorno. Os quatro primeiros anos do novo produto serão dedicados à formação da carteira. “Será uma excelente oportunidade de diversificação da carteira com ativos de bom potencial de rentabilidade, algo que o investidor já percebeu, considerando a elevada demanda já no lançamento”, destaca Amabile Rebeschini, co-gestora do fundo.
Outra vantagem, está no fato de que, ao optar pelo private equity, o investidor abre uma variedade de opções bastante superior à das menos de 400 companhias hoje listadas na Bolsa. “É uma oportunidade tradicionalmente ignorada pelo investidor”, explica Amabile.
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“Esse fundo significa mais capital para os empreendedores, que continuarão inovando e fortalecendo seus negócios e, acima de tudo, a democratização de produtos de investimentos, antes acessíveis apenas para clientes milionários,” disse Benchimol, em publicação no LinkedIn.
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Segundo Benchimol, o meio para transformar o Brasil é: juros baixos a longo prazo (mais emprego, renda, inovação e oportunidades para toda a população). “Seguimos firmes, transformando o mercado financeiro para melhorar a vida das pessoas.”