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Zoom lança fundo de US$100 milhões para investir em startups voltadas à plataforma

O novo fundo global não buscará ocupar cargos no conselho das startups em que investe e será administrado a partir do balanço patrimonial do Zoom

Sede do Zoom em San Jose, California
Sede do Zoom em San Jose, California. Foto: Sundry Photography / Shutterstock.com
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  • Com o novo fundo, o Zoom fará investimentos iniciais de US$ 250.000 a US$ 2,5 milhões em cada startup do portfólio;
  • Para serem elegíveis, as empresas devem ter um produto viável e estar no início de tração no mercado;
  • O Zoom busca empresas que se comprometam a desenvolver e investir no ecossistema Zoom (incluindo Zoom Apps, integrações, APIs, SDKs e hardware);
  • Startups (incluindo brasileiras e latino-americanas) podem se inscrever pelo link.

O Zoom disse nesta segunda-feira, 19, que criou um fundo global de US$ 100 milhões para investir em startups que criem aplicativos que usem sua tecnologia.

A empresa de videoconferências se tornou um nome familiar durante a pandemia, à medida que empresas e escolas mudaram para sua plataforma e para a de rivais, como Microsoft Teams e Cisco Webex.

Kelly Steckelberg, CFO da companhia disse à Reuters que o fundo fará investimentos entre US$ 250.000 e US$ 2,5 milhões em empresas que estão criando os chamados “Zoom Apps”, aplicativos que se conectam à plataforma de videoconferência da empresa para adicionar novos recursos a ela.

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Embora nomes já consolidados como a Salesforce tenham aplicativos que podem ser usados no Zoom, Steckelberg disse que a empresa quer incentivar os desenvolvedores a criarem novas funções para a plataforma, como quadros digitais para esboço de ideias.

Ela ainda afirmou que o fundo também será aberto a empresas como desenvolvedores de aplicativos de telemedicina ou fabricantes de hardware para salas de videoconferência que desejem explorar os sistemas de vídeo baseados em nuvem do Zoom.

Steckelberg disse que o novo fundo não será uma entidade independente de capital de risco e não buscará ocupar cargos no conselho das empresas em que investe, mas que será administrado a partir do balanço patrimonial do Zoom. Embora agnóstica em relação a estágio, a empresa disse que se concentrará principalmente em startups em estágio inicial de captação (seed a Série A).

“Isso realmente ajudará a investir em desenvolvedores nos estágios iniciais e obter tração inicial no mercado”, disse a executiva à Reuters. “Está definitivamente alinhado com ser um investidor estratégico.”