- Nos últimos quatro anos, os grandes bancos tiveram redução de receita da ordem de 33% nas transações de cartão de crédito dos clientes corporativos e de 12% nas transações de pessoas físicas;
- Esse fenômeno ocorre à medida que a indústria de pagamentos se torna cada vez mais instantânea, gratuita e invisível.
Nos próximos cinco anos, os bancões vão perder uma fatia importante de sua receita para a revolução dos pagamentos em andamento e liderada por fintechs, big techs e até varejistas. É o que indica o relatório da consultoria Accenture, que aponta que, até 2025, 15% da receita global das grandes instituições bancárias no mundo (US$ 280 bilhões) será perdida nessa batalha.
Conforme reportado pelo jornal Gazeta do Povo, nos últimos quatro anos, os grandes bancos tiveram redução de receita da ordem de 33% nas transações de cartão de crédito dos clientes corporativos, de 12% as transações de pessoas físicas e 15% nas transações de cartão de débito em geral.
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Esse fenômeno ocorre à medida que a indústria de pagamentos se torna cada vez mais instantânea, gratuita e invisível– características que formam a sigla IGI, que resume a revolução em andamento nesse setor, segundo a Accenture.
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À Gazeta do Povo, Joana Henklein, diretora-executiva de Serviços Financeiros da Accenture para a América Latina, disse que o próprio setor bancário já está ciente de que esse novo mundo é inevitável.
“De 2015 a 2018, o número [global] de fintechs focadas unicamente em pagamentos aumentou 97%. É exponencial. Como tem muita receita você acaba tendo muitos atores, o que é positivo para que o mercado final seja melhor atendido, porque tem competitividade e principalmente inovação, que é algo que o mercado brasileiro sempre teve”, afirmou Henklein à Gazeta do Povo.