- Na noite de sexta-feira, quando foi pressa, Áñez compartilhou um link do mandado de prisão nas redes sociais com o seu nome e o de muitos que formaram o seu ministério;
- Ela disse que o documento continha alegações de terrorismo e sedição contra eles. “A perseguição política começou”, disse ela. “O MAS decidiu retornar ao estilo da ditadura.”
Ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez foi detida na sexta-feira pelo seu suposto envolvimento em um “golpe” para tirar o ex-presidente Evo Morales, em 2019, informou o governo do país.
Naquele ano, Morales renunciou e fugiu da Bolívia após intensos protestos contra alegações de fraude eleitoral. A ex-senadora Áñez assumiu, então, como presidente interina. Quase um ano depois, porém, o partido socialista de Morales, o MAS, voltou ao comando ao vencer as eleições de outubro de 2020.
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O ministro de Governo, Eduardo del Castillo, afirmou por meio do Twitter, que o Ministério Público emitiu um mandado de prisão contra Áñez “devido ao caso do golpe em nosso país.
Ainda na noite de sexta-feira, Áñez compartilhou um link do mandado de prisão nas redes sociais com o seu nome e o de muitos que formaram o seu ministério. Ela disse que o documento continha alegações de terrorismo e sedição contra eles. “A perseguição política começou”, disse ela. “O MAS decidiu retornar ao estilo da ditadura.”
Durante seu governo, Áñez também promoveu prisões de alguns membros do governo anterior. Em outubro do ano passado, o ex-ministro da Economia de Morales, Luis Arce, obteve uma vitória esmagadora pelo MAS para se tornar presidente, permitindo que Morales voltasse do exílio.
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Segundo a Reuters, promotores bolivianos buscam dois ex-comandantes militares acusados pelo atual governo de terem se envolvido no suposto golpe contra Morales: o ex-chefe da polícia Yuri Calderón e o ex-comandante das Forças Armadas, Williams Kaliman, por acusações de terrorismo, sedição e conspiração.