- No pedido protocolado na Anvisa no último dia 6 de fevereiro, a Pfizer chamou o imunizante de Cominarty;
- Em dezembro do ano passado, a empresa já tinha dito que não faria o pedido para uso emergencial porque, entre outras questões, considerava as informações necessárias para isso tão complexas que pedir o registro definitivo poderia ser um processo “mais célere”;
- Oxford/AstraZeneca também tem um pedido de uso definitivo em análise na Anvisa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu nesta terça-feira o registro definitivo à vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela norte-americana Pfizer, em parceria com a alemã BioNTech. Segundo o diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, a análise para a liberação definitivo do imunizante levou 17 dias.
Apesar de a vacina da Pfizer ser a primeira a obter um registro definitivo no país, o governo federal brasileiro não tem nenhum contrato fechado para a aquisição do imunizante.
No pedido protocolado na Anvisa no último dia 6 de fevereiro, a Pfizer chamou o imunizante de Cominarty. Em dezembro do ano passado, a empresa já tinha dito que não faria o pedido para uso emergencial porque, entre outras questões, considerava as informações necessárias para isso tão complexas que pedir o registro definitivo poderia ser um processo “mais célere”.
Até o momento, duas vacinas possuem aprovação para uso emergencial: CoronaVac, da chinesa Sinovac, testada e produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan; e Oxford/AstraZeneca, do laboratório AstraZeneca, que também tem uma parceria local para testes e produção, com a Fundação Oswaldo Cruz. Esta última tem também um pedido de uso definitivo em andamento na Anvisa.
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Segundo informações da Pfizer passadas à Agência Brasil, 2,9 mil voluntários participaram dos testes clínicos da vacina no Brasil. Os resultados da terceira e última fase de testes do imunizante, divulgados em novembro, apontaram eficácia de 95% contra o novo coronavírus (COVID-19).
Entre as autoridades referendadas pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a Anvisa é a primeira a conceder o registro definitivo de uma vacina contra a COVID-19, o que também deve abrir caminho para que outros países na América Latina e Caribe façam o mesmo.