- O imunizante está sendo desenvolvido pelo pesquisador Célio Lopes Silva;
- No início da sexta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou a primeira vacina COVID-19 de fabricação brasileira.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Marcos Pontes, anunciou nesta sexta-feira que pesquisadores financiados com recursos do governo federal pediram à Anvisa permissão para testes clínicos para outra vacina brasileira contra a COVID-19, a Versamune-CoV -2F.
O imunizante está sendo desenvolvido pelo pesquisador Célio Lopes Silva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, em parceria com as empresas Farmacore Biotecnologia e PDS Biotechnology Corporation.
LEIA TAMBÉM: Instituto Butantan anuncia ButanVac, primeira vacina produzida na América do Sul
O pedido apresentado nesta quinta-feira é para prosseguir com as fases 1 e 2 dos ensaios clínicos. Segundo Marcos Pontes, a princípio serão 360 voluntários.
Na manhã desta sexta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o Instituto Butantan está desenvolvendo uma nova vacina totalmente nacional, a ButanVac, e que o Instituto Butantan solicitará autorização da Anvisa para ensaios clínicos.
Questionado sobre o motivo do anúncio do governo federal ter sido no mesmo dia do governo de São Paulo, Pontes disse que foi uma “coincidência”.
“Não tem nada a ver um com o outro. Eu estava ansioso para anunciar. Eu ia fazer assim que eles entrassem [com o pedido na Anvisa]. Eles começaram em fevereiro a apresentar os documentos à Anvisa. É uma coincidência o que ele [governador João Doria] anunciou em São Paulo ”, disse, conforme noticiou a Agência Brasil. Doria é um rival político do presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista rápida, Marcos Pontes destacou que o ministério financia a pesquisa desde fevereiro do ano passado, mas teve dificuldades para captar novos recursos no final do ano e em fevereiro. Agora, o governo brasileiro realoca recursos para o projeto coordenado pelo professor.