Argentina e Chile trabalharão juntos em questões econômicas, energéticas e culturais, disseram nesta segunda-feira os presidentes dos dois países, que se reuniram em Buenos Aires durante a simbólica primeira viagem do presidente chileno, Gabriel Boric, ao exterior.
O líder chileno de centro-esquerda, que assumiu no mês passado, viajou no domingo para a Argentina junto com uma comitiva de empresários e uma delegação cultural, em uma tentativa de aprofundar laços com um dos seus principais parceiros comerciais.
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“Temos desafios que são profundamente compartilhados”, afirmou Boric em uma entrevista coletiva em conjunto com Alberto Fernández, o presidente argentino de centro-esquerda com o qual mostrou grande afinidade.
O Chile é o quinto parceiro comercial da Argentina e um de seus principais investidores.
Em janeiro de 2022, a Argentina exportou US$ 351 milhões ao Chile — incluindo gás líquido —, enquanto as importações do seu vizinho chegaram a US$ 53 milhões, segundo dados oficiais.
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Os presidentes também conversaram sobre questões politicamente sensíveis, como o conflito mapuche no sul e a situação do ex-guerrilheiro chileno Sergio Apablaza, que vive na Argentina e aguarda uma decisão judicial para saber se será extraditado ao Chile pelo assassinato de um senador em 1991.
O líder chileno participou das reuniões e atos oficiais habituais, mas também reservou tempo para fugir do protocolo e caminhar por Buenos Aires e visitar livrarias.