Sociedade

Correios diz que 92,7% dos funcionários retomaram o trabalho

Na segunda-feira, o TST tinha determinado o retorno ao trabalho, sob pena de multa de R$100 mil por dia em caso de descumprimento

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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  • Com a compensação das horas não trabalhadas dos funcionários durante a greve, a empresa pretende normalizar o mais rápido possível o fluxo de entregas de cartas e encomendas em todo o País;
  • Os trabalhadores sindicalizados decidiram por retornar ao trabalho após decisão do TST de segunda-feira.

A maior parte dos empregados dos Correios que havia aderido à greve retornou ao trabalho nesta terça-feira (22), segundo a empresa, que contabilizou que 92,7% dos funcionários trabalhando normalmente hoje.

Na segunda-feira (21), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou, durante julgamento do dissídio coletivo, o retorno dos trabalhadores, sob pena de multa diária de R$ 100 mil às entidades representativas, em caso de descumprimento.

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Os Correios relataram, por meio de nota, que com a compensação das horas não trabalhadas (medida também determinada pela Justiça brasileira) a empresa pretende ampliar a capacidade operacional do plano de continuidade do negócio e normalizar o mais rápido possível o fluxo de entregas de cartas e encomendas em todo país.

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“Mutirões de entrega continuarão sendo realizados com o apoio dos empregados das áreas administrativa e operacional, unidos em prol da manutenção dos serviços da estatal”, disse a empresa. Segundo os Correios, a rede de atendimento permanece aberta e os serviços de entrega continuam disponíveis. As postagens com hora marcada, contudo, permanecem temporariamente suspensas, medida que está em vigor desde o anúncio da pandemia da COVID-19.

As duas federações que representam os trabalhadores – Findect e Fentect – disseram que os trabalhadores decidiram cumprir a decisão do TST e retornar ao trabalho.

“Continuar na greve seria um enfrentamento com a Justiça para tentar mudar a decisão do julgamento do TST. Na atual conjuntura política de ataques aos trabalhadores, o resultado disso poderia ser catastrófico para a categoria e para a existência dos sindicatos, e a reorganização para as próximas lutas poderia ser impossível”, disse a Findect (Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) em comunicado publicado no seu site.

Já a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), que representa outra parte dos funcionários dos Correios, disse que a diretoria da entidade, junto com representantes dos sindicatos filiados, orienta os sindicatos a retornarem ao trabalho e realizarem assembleias para retomada das atividades a partir das 22h desta terça-feira. A Fentect disse ainda que “recorrerá da decisão do julgamento em todas as esferas possíveis”.