Neste fim de semana, a população chilena elege 155 deputados que serão responsáveis por redigir uma nova Constituição. O pleito, que respeitará uma paridade inédita de 50% entre homens e mulheres, ocorre sete meses depois de um plebiscito por meio do qual a população disse que queria uma nova Carta Magna. O plebiscito, por sua vez, foi resultado de protestos e revoltas sociais que eclodiram em 2019 e se espalharam por outros países da América Latina.
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Ao todo, 1.374 candidatos, divididos em listas (algumas delas ligadas a partidos, outras não), disputam o voto dos chilenos. Além dos constituintes, os chilenos também escolhem vereadores, prefeitos e governadores regionais.
Os primeiros resultados saem no domingo à noite. A expectativa é de que a contagem dos votos seja encerrada ainda no domingo e que os 155 deputados sejam conhecidos.
Os deputados que estão sendo escolhidos neste fim de semana terão nove meses para elaborar a nova Constituição chilena. Esse prazo pode ser prorrogado por mais três meses. Depois disso, cerca de 60 dias após a conclusão da proposta, os chilenos votarão se aceitam ou não o documento. Se rejeitado, a Constituição atual, de 1980, seguirá vigente.