- Em video conferência, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler de Morais, enfatizou que a reutilização (refarming) do espectro usado hoje no 4G para a implantação do 5G é algo que já está sendo feito em outros países;
- No Brasil, uma solução pode ser investir em outras faixas para o 5G.
Segundo o TeleSíntese, site especializado em telecomunicações, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler de Morais, admitiu na sexta-feira (22), durante uma videoconferência, que pode haver atraso no cronograma do lançamento do edital do leilão de frequências do 5G, previsto para o final deste ano, devido à pandemia da COVID-19 (os testes de campo estão suspensos) e impasses no uso da mesma faixa de frequência usada pelo sinal das antenas parabólicas, a TVRO, e por empresas de satélites.
O leilão brasileiro para a implementação na nova geração de tecnologia móvel é o maior do mundo, segundo especialistas.
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“A pandemia certamente gera algum impacto no cronograma, e também na própria cadeia de suprimentos do 5G”, declarou Morais, segundo TeleSíntese. “A gente precisa evoluir bastante, seja na forma em que endereçamos a mitigação (desses efeitos), seja na estratégia de migração (de tecnologia) para dar cabo à política pública formulada”, acrescentou.
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Ele enfatizou que a reutilização (refarming) do espectro usado hoje no 4G para a implantação do 5G é algo que já está sendo feito em outros países. No Brasil, uma solução pode ser investir em outras faixas para o 5G.
“Existem outras faixas onde há desenvolvimento de soluções para 5G, notadamente na faixa de 2,1 GHz, a banda H, na faixa de 700 MHz, de 1,8 GHz. Outros países já começam a fazer refarming, através de upgrade nas redes LTE, portanto podemos catalisar o 5G no Brasil com uso de outras faixas. Mas precisamos dizer que a principal porta de entrada do 5G [a faixa de 3,5 GHz] ainda está condicionada a restrições”, avaliou ele, segundo o TeleSíntese.