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Google vai investir US$1 bi em jornalismo nos próximos três anos; Brasil e Argentina fazem parte do projeto

Dinheiro será investido em parcerias com veículos, que alimentarão um novo produto da companhia

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Foto: Reuters/Arnd Wiegmann/Arquivo
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  • Cerca de 200 veículos de mídia na Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá e Reino Unido vão participar do novo produto;
  • O novo produto chama-se Google News Showcase. No Brasil, o produto foi chamado de “Destaques”.

O Google planeja investir US$ 1 bilhão em jornalismo nos próximos três anos, por meio de parcerias com veículos de imprensa que vão alimentar um novo produto lançado primeiro pela companhia no Brasil e na Alemanha nesta quinta-feira.

O presidente-executivo da Alphabet, controladora do Google, Sundar Pichai, afirmou que o novo produto chama-se Google News Showcase. No Brasil, o produto foi chamado de “Destaques“.

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No Brasil, as parcerias acertas pelo Google envolvem veículos de imprensa como Folha de S.Paulo, Band, Estadão, UOL e Joven Pan. Na Alemanha, a empresa fez alianças com Der Spiegel, Stern e Die Zeit.

Cerca de 200 veículos de mídia na Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá e Reino Unido vão participar do novo produto.

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“Este compromisso financeiro, nosso maior até agora, vai pagar veículos de mídia para criarem e promoverem curadoria para conteúdo de alta qualidade para um tipo diferente de experiência online de notícias”, disse Pichai em comunicado.

“Esta abordagem é diferente de nossos outros produtos de notícias porque depende das escolhas individuais dos editores sobre quais histórias serão mostradas aos leitores e como elas serão apresentadas”, disse Pichai.

O Conselho Europeu de Editores (EPC), cujos membros incluem News UK, Guardian, Pearson, New York Times e Schibsted, criticou o projeto.

“Ao lançar este produto, eles (Google) poderão ditar os termos e condições, contornar legislação desenvolvida para criar condições para uma negociação justa, enquanto afirmam que estão ajudando a financiar a produção do jornalismo”, disse a diretora-executiva do EPC, Angela Mills Wade.