Tecnologia

O principal objetivo das startups de micromobilidade em 2020 é crescer no Brasil

Enquanto 2019 foi o ano de estruturar esse mercado no Brasil, 2020 será o ano de expansão

Startups de mobilidade no Brasil
Foto: ShutterStock

No segundo semestre de 2018, o cenário urbano brasileiro começou a mudar com a chegada da Yellow e Grin, as primeiras startups de micromobilidade a entrarem no mercado, responsáveis por incluir mais bicicletas e patinetes elétricos às paisagens das cidades. Mas foi somente em 2019 que o serviço começou a ser verdadeiramente popular entre os brasileiros e o mercado tornou-se atraente para grupos internacionais, como o Lime, dos EUA, que começou a operar no Brasil em julho.

Mas não foram apenas as novas empresas que tiveram uma nova visão sobre o potencial do mercado brasileiro em 2019, as startups que já estavam no país desde 2018 também passaram a realmente investir na estruturação de seus negócios no Brasil neste ano.

A primeira fusão de empresas do segmento aconteceu em janeiro entre a Yellow e Grin, que agora atuam juntas sob a nova marca Grow. Apenas alguns meses depois da fusão, a empresa lançou uma parceria com o aplicativo de entrega colombiano Rappi, permitindo que os usuários alugassem um patinete usando o próprio aplicativo da Rappi. “No primeiro semestre de 2019, colocamos muitos esforços em crescer. No segundo semestre, precisamos arrumar a casa”, explicou Marcelo Loureiro, vice-presidente da Grow no Brasil, em entrevista ao Estadão.

Em 2020, o desafio é ainda maior: superar as atuais barreiras para continuar crescendo. Uma das principais é como reduzir os custos dos patinetes elétricos, pois, nas horas de rush, este meio de transporte pode ser tão caro quanto uma corrida de Uber.

Segundo o Estadão, o plano para fazer isso é iniciar a produção local de patinetes, a Scoo já está apostando no modelo de produção própria com uma fábrica localizada na cidade de Jundiaí. Já a Grow está prestes a abrir seu centro de produção em Manaus, o que exigirá um investimento de R$ 25 milhões. Essa estratégia está também diretamente relacionado ao principal desafio mundial das startups de micromobilidade que é alcançar um crescimento sustentável, gerando lucro real.

O que podemos ter certeza por enquanto é que, em 2020, podemos esperar ouvir muito mais sobre os esforços focados em estratégias regionais, mais portas abertas para diálogos com as autoridades locais afim de evitar novos problemas e redução de custos operacionais. Se todas essas metas serão bem-sucedidas, não podemos prever, mas de uma forma ou outra, com certeza teremos várias boas notícias no futuro.